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Silêncio de quatro semanas quebrado. Biden e Natanyahu falaram pela primeira vez

Doug Mills / POOL / EPA

O Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden

Joe Biden, Presidente dos Estados Unidos, conversou com Benjamin Netanyahu, primeiro-ministro israelita, pela primeira vez desde que assumiu o cargo. O silêncio de quatro semanas terminou.

Segundo o Financial Times, Joe Biden e Benjamin Netanyahu, que se conhecem há décadas, conversaram durante uma hora esta quarta-feira. O primeiro-ministro de Israel publicou uma fotografia do momento no Twitter e descreveu a chamada como “amigável e calorosa”, enquanto que o Presidente norte-americano disse que foi uma “boa conversa”.

“O Presidente dos Estados Unidos Biden e o primeiro-ministro Netanyahu discutiram os progressos futuros dos acordos de paz, a ameaça iraniana e os desafios regionais, e acordaram em continuar o diálogo”, lê-se na publicação.

O chefe de Estado norte-americano “elogiou” Netanyahu pela “liderança na luta contra” o SARS-CoV-2 e “trocaram ideias sobre maneiras” de combater a pandemia. Esta é a primeira conversa entre ambos desde que o democrata Biden iniciou funções como o 46.º Presidente dos Estados Unidos da América (EUA), em 20 de janeiro.

Uma antiga embaixadora da Organização das Nações Unidas (ONU) durante a administração do republicano Trump considerou que o executivo chefiado por Biden estava a “desdenhar” um “amigo como Israel” por causa do atraso nas conversações entre os líderes dos dois países, enquanto fazia “amigos” com um “inimigo como o Irão”.

Alguns especialistas interpretaram o atraso de Biden como um sinal de que o líder israelita – que foi acusado de se aliar aos republicanos – “caiu em desgraça”.

O Governo israelita foi particularmente “apaparicado” por Donald Trump, nomeadamente no reconhecimento de Jerusalém como capital do país, uma de muitas decisões unilaterais impulsionadas por Washington que quebraram com o consenso da comunidade internacional e adensaram o conflito entre israelitas e palestinianos.

O republicano também anunciou, por exemplo, a transferência da embaixada dos EUA em Telavive para Jerusalém.

ZAP // Lusa

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