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Biden reverte política Trump que discriminava comunidade LGBTQ+ no acesso à saúde

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gageskidmore / Flickr

O Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden

A administração Biden anunciou, na segunda-feira, que vai proteger os homossexuais e transexuais contra a discriminação na saúde, revertendo as políticas implementadas pelo executivo antecessor, liderado por Trump, que restringiu os direitos destes cidadãos.

A decisão da Casa Branca é o mais recente avanço do democrata Joe Biden na proteção e garantia dos direitos dos cidadãos homossexuais e transexuais, desde o desempenho do serviço militar, à habitação e até às oportunidades de emprego.

A política anunciada pelo Departamento de Saúde e Serviços Humanos proíbe qualquer discriminação nos cuidados de saúde a cidadãos homossexuais e transexuais.

A administração liderada por Donald Trump até janeiro de 2020 tinha definido “sexo” como aquele que foi atribuído à nascença, excluindo, deste modo, transexuais desta proteção.

“O medo em relação à discriminação pode levar indivíduos a preterir cuidados [de saúde], o que pode ter consequências negativas sérias (…). Todas as pessoas, incluindo a comunidade LGBTQ+, deve ter acesso a cuidados de saúde, livres de discriminação e interferências”, disse o responsável do Departamento de Saúde e Serviços Humanos, Xavier Becerra.

Através de um comunicado endereçado à comunidade médica norte-americana, a Associação Médica Americana referiu que a administração Biden “fez a coisa certa” ao acabar com “um capítulo sombrio no qual uma agência federal procurou remover a proteção de direitos civis”.

Biden acusa grupo na Rússia de ataque informático

Joe Biden acusou na segunda-feira um grupo criminoso baseado, segundo disse, na Federação Russa, de autoria de um ataque informático que paralisou um dos maiores operadores de oleodutos no país.

A rede “Darkside é responsável pela colocação em perigo das redes da Colonial Pipeline”, tinha começado por estimar a polícia federal (FBI, na sigla em Inglês), em comunicado.

“Neste momento, os nossos serviços de informações não têm provas de um envolvimento russo”, declarou a seguir Biden.

Mas “há elementos que mostram que os envolvidos e o ransomware estão na Rússia”, acrescentou.

Um ransomware, também designado software de extorsão, é um programa informático que explora as falhas de segurança para encriptar sistemas informáticos e exige um resgate (‘ransom’) para os desbloquear.

Um ataque deste tipo visou o principal distribuidor de combustível nos EUA, a sociedade Colonial Pipeline, que transporta gasolina e gasóleo das refinarias do Texas para a região de Nova Iorque e gere mais de oito mil quilómetros de oleodutos.

Para proteger as suas infraestruturas, a empresa tinha interrompido na sexta-feira todas as operações, criando riscos para o aprovisionamento em petróleo no nordeste dos EUA.

A situação permanece “em fluxo”, escreveu a empresa, que tenciona reabrir a sua rede “por fases” com o objetivo de restabelecer o essencial das suas atividades até ao final da semana.

O grupo Darkside apareceu em 2020 e especializou-se em ataques com ransomware a grandes e médias empresas, às quais exigiu centenas de milhares – milhões de dólares, inclusive – para desbloquear os seus sistemas.

De passagem, apodera-se de dados confidenciais das vítimas, sobretudo baseadas em países ocidentais, ameaçando-as de os divulgar, se o resgate não for pago.

Os membros da Darkside garantem não ter motivações políticas, nem laços com qualquer governo.

Mas numerosos analistas suspeitam que a Darkside atue em articulação com a Federação Russa. “Pensamos que opera (e até está protegido) pela Rússia”, escreveu, na rede social Twitter, Dmitri Alperovitch, um perito em segurança informática, fundador da empresa Crowdstrike.

Outro especialista em cibersegurança, Brett Callow, da Emisoft, na televisão NBC, salientou que os programas informáticos da Darkside não funcionam nos computadores que têm, por definição, o russo ou outras línguas da Europa de Leste nos seus sistemas.

Sem se pronunciar a este propósito, a conselheira de Biden para a cibersegurança, Anne Neuberger, considerou, durante uma conferência de imprensa na Casa Branca, que o método da Darkside era “muito perturbador”. Nas suas palavras, a Darkside “essencialmente fornece um serviço” – o seu ‘ransomware’ – a piratas informáticos, partilhando depois os ganhos, descreveu.

Apesar de estes ataques visarem sobretudo o setor privado, colocam um problema de segurança nacional, acrescentou Elizabeth Sherwood-Randall, conselheira adjunta de Biden para a Segurança Nacional.

“Estes acontecimentos evidenciam o facto de que as nossas infraestruturas vitais são operadas, no essencial, pelo setor privado”, sublinhou. “Quando estas empresas são atacadas, elas são a nossa primeira linha de defesa. Dependemos da sua eficácia”.

ZAP // Lusa

 

1 Comment

  1. “Neste momento, os nossos serviços de informações não têm provas de um envolvimento russo”, declarou a seguir Biden. Mas “há elementos que mostram que os envolvidos e o ransomware estão na Rússia”, acrescentou.
    Sim senhor. Isto é que é um “perzidente”…
    Excelente serviço de informação! Melhor só mesmo no Biafra.

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