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Biden já ultrapassou os cinco milhões de votos de vantagem sobre Trump

Sarah Silbiger / Bloomberg Pool by EPA

Joe Biden

O Presidente eleito dos Estados Unidos superou, esta quarta-feira, os cinco milhões de votos de vantagem em relação ao Presidente cessante, totalizando 77,4 milhões de boletins apurados.

De acordo com a mais recente contagem, confirma-se que Joe Biden se tornou o candidato presidencial mais votado na história das eleições nos Estados Unidos, contra os 72,3 milhões obtidos por Donald Trump.

No Colégio Eleitoral, o democrata contabiliza 290 votos, acima dos 270 que garantem a vitória, e o republicano tem apenas 217.

Trump continua a acusar os democratas de terem “roubado a eleição” e tem denunciado, sem provas, a existência de “fraude eleitoral”, tendo apresentado várias queixas em tribunal.

Entretanto, os serviços eleitorais da Geórgia anunciaram uma auditoria aos resultados neste estado, o que desencadeará uma recontagem dos votos. O secretário de Estado da Geórgia, Brad Raffensperger, disse que o seu gabinete deseja que o processo de recontagem completa de votos comece até ao final da semana e que termine até 20 de novembro.

Após a certificação dos resultados da contagem manual, que está a terminar, o Partido Republicano poderá então solicitar uma outra recontagem, que será realizada por máquinas, explicou Raffensperger.

Biden já escolheu o seu chefe de gabinete

Esta quarta-feira, o Presidente eleito também anunciou a nomeação do seu conselheiro Ron Klain, muito crítico da gestão da pandemia por Donald Trump, como chefe de gabinete da Casa Branca.

Em comunicado, Biden disse que Klain tem sido um conselheiro “inestimável” e destacou em particular o trabalho que realizaram em conjunto durante a crise económica de 2009 e o surto de Ébola em 2014.

“A sua vasta e variada experiência e capacidade de trabalhar com pessoas de todo o espectro político é precisamente aquilo de que preciso num chefe de gabinete da Casa Branca, quando enfrentamos este tempo de crise”, acrescentou o Presidente eleito, que estabeleceu a luta contra a pandemia como uma das prioridades do seu Governo.

Klain, advogado de profissão, foi chefe de gabinete de Biden nos seus primeiros anos como vice-presidente na Administração de Barack Obama (2009-2017), tendo coordenado igualmente a resposta da Casa Branca ao Ébola, em 2014.

O político democrata tem sido um crítico severo da forma como o atual Presidente, Donald Trump, geriu a pandemia, menosprezando a sua importância e desvalorizando inicialmente as medidas de proteção e despistagem, como o uso de máscara e os testes em larga escala.

Klain é também um veterano dos ‘corredores’ do Capitólio, um ambiente que conhece bem, desde que trabalhou no gabinete de Biden no Congresso, quando este era senador de Delaware, em 1989, depois de se formar pela Faculdade de Direito de Harvard.

O agora chefe de gabinete do Presidente eleito, funções que também exerceu junto do ex-vice-Presidente Al Gore, era visto há muito como a escolha mais provável para liderar a equipa de Biden.

O democrata deverá anunciar nos próximos dias os seus principais colaboradores na Casa Branca, apesar de Trump se recusar a aceitar a derrota.

A cadeia televisiva CNN avançou, esta quarta-feira, que o Departamento de Estado está a bloquear as dezenas de mensagens que os líderes mundiais estão a enviar a Biden e à sua equipa de transição.

 

ZAP // Lusa

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