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Berardo escapou ao boicote. Vinhos da Bacalhôa no top dos mais vendidos em Portugal

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António Cotrim / Lusa

Apesar dos boicotes promovidos a Joe Berardo após as suas polémicas declarações na Comissão Parlamentar de Inquérito à gestão da Caixa Geral de Depósitos, os vinhos da Bacalhôa, empresa de Azeitão de que o empresário é o principal accionista, estão no top três dos mais vendidos em Portugal.

No seguimento da presença na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) à gestão da Caixa Geral de Depósitos (CGD), surgiram vários apelos ao boicote aos vinhos de Berardo. Algumas garrafeiras e lojas de vinho chegaram a anunciaram que iam deixar de vender os vinhos das marcas do Comendador.

Mas esse boicote não se reflectiu nas vendas segundo dados da consultora Nielsen que são divulgados pelo Jornal de Negócios e que revelam que os vinhos do empresário estão no pódio dos mais vendidos em Portugal nos hipermercados e nos supermercados. Estes espaços concentram mais de metade das vendas de vinho do país.

O índice da Nielsen, com dados até Junho de 2019, aponta que a Bacalhôa vendeu, no último ano, 8 milhões de euros de garrafas de 750 ml, ficando à frente da Quinta da Aveleda (4.º) e do Esporão (5.º) e atirando a Carmin – Cooperativa Agrícola De Reguengos De Monsaraz para a 7.ª posição.

A liderar o pódio continua a Sogrape com 18,8 milhões de euros em vendas, seguindo-se a Adega de Pegões com 13,6 milhões de euros.

O JP Azeitão da Bacalhôa surge como a “marca mais vendida” à frente do Casal Garcia, do Monte Velho e do Porta da Ravessa. Este vinho representa 57% das vendas da empresa de Berardo nos supermercados nacionais, segundo o Negócios.

Berardo é o principal accionista da Bacalhôa desde 1998. Em 2007, a empresa adquiriu uma participação maioritária na Aliança que produz espumantes da Bairrada, aguardentes e vinhos de mesa.

Em 2008, a Bacalhôa comprou a Quinta do Carmo no Alentejo. O grupo de Berardo detém ainda a Quinta dos Loridos, agregando, no total, cerca de 60 marcas de vinho.

O empresário madeirense chegou a ser accionista da Sogrape, com 30% das acções, mas após um longo diferendo judicial, vendeu a sua participação à família Guedes que é a principal proprietária do grupo que mais vinho vende em Portugal.

ZAP //

5 Comments

  1. Ainda bem… o vinhos são bons, a empresa dá trabalho a muita gente e, assim o Berardo já fica com mais dinheiro para pagar o que deve!…

      • Pois pensa… e pelos vistos pensa bem, que o digam o sócrates, o salgado e outros lacaios da mesma laia…
        PS:
        O facto de as iniciais dos nomes que mencionei não serem maiúsculas não é por lapso ou erro, é que na minha opinião os nomes de parasitas ñ são nomes próprios

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