O Benfica venceu 2-1 o Estoril, no Estádio da Luz, e passou a pressão para o lado do FC Porto. Mas a vida dos “encarnados” não foi fácil.
Jonas inaugurou o marcador, mas o Estoril criou inúmeras situações de golo, incluindo com duas bolas ao ferro, antes de empatar por Kléber. Valeu Jonas que, com um golo estupendo, deu os três pontos. Mas a “águia” acabou com o “credo na boca”.
O Jogo explicado em Números
- Jogo muito equilibrado nos minutos iniciais, sem grandes situações de golo e posse de bola repartida. Só por volta do primeiro quarto-de-hora a formação benfiquista assumiu um maior domínio, com 62% de posse. Porém, o primeiro remate surgiu apenas aos dez minutos, e para o Estoril; o primeiro do Benfica aos 14, por Jonas (nenhum enquadrado).
- A superioridade “encarnada” era total, nesta fase, mas a boa organização defensiva dos homens da Linha permitia-lhes ter um registo de 59% de duelos ganhos. As dificuldades de penetração do Benfica eram notórias e escasseavam as ocasiões de golo.
- No entanto, tinham ambas as equipas dois remates cada e nenhum enquadrado, quando Licá fez falta sobre Nélson Semedo na grande área e o árbitro assinalou penálti. Assim, aos 29 minutos, Jonas assumiu a responsabilidade e inaugurou o marcador, o seu décimo tento na Liga NOS.
- Cervi ainda teve nos pés, aos 37 minutos, o 2-0, pouco depois de Kléber ter também desperdiçado uma ocasião, quando estava só perante Ederson, e o Estoril tentou reagir até ao intervalo, conseguindo o seu primeiro canto aos 42 minutos. E aos 44, Salvio atirou ao lado com tudo para facturar.
Primeira parte difícil para o Benfica, devido à irrepreensível organização defensiva do Estoril, que apenas falhou num erro individual de Licá, a fazer penálti sobre Nélson Semedo. Ainda assim, as “águias” chegaram ao descanso com 70% de posse de bola, 82% de passes certos e na frente do marcador, mas dos seus seis remates (Estoril teve três), apenas um foi enquadrado (o do golo), apesar de a totalidade ter acontecido dentro da área contrária. Jonas era, nesta fase, o melhor em campo, com um GoalPoint Rating de 6.0, fruto do seu golo, de dois remates, cinco duelos disputados, três ganhos, e um cruzamento eficaz em duas tentativas.
- Boa reentrada em campo do Estoril, a criar muito perigo, em especial por Kléber, que voltou a ficar só perante Ederson, mas o guarda-redes do Benfica realizou uma extraordinária defesa.
- Nos primeiros dez minutos do segundo tempo os visitantes somaram três cantos, realizaram três remates (nenhum enquadrado), sem resposta por parte do Benfica, e registavam 48% de posse. Aos 55 minutos Ederson voltou a brilhar e a seguir, Ailton atirou à barra e Mattheus ao poste.
- Adivinhava-se o empate, que surgiu aos 59 minutos. Desta feita, Kléber, mais uma vez isolado (!), não desperdiçou perante o guarda-redes do Benfica, após assistência de Ailton.
- O Benfica via-se obrigado a partir para o ataque e Jonas puxou dos galões no 2-1, aos 66 minutos. Recebeu a bola de Grimaldo e, de fora da área, rematou ao ângulo para um grande golo.
- Por volta dos 75 minutos, o Estoril registava números de superioridade. Desde o intervalo os comandados de Pedro Emanuel tinham 57% da posse de bola, sete remates contra apenas um do Benfica (o do 2-1) e 59% de duelos ganhos, para além de cinco cantos contra nenhum dos homens da casa.
- Até final, destaque para duas grandes perdidas de Raúl Jiménez e Grimaldo, apenas com Moreira pela frente.
O Homem do Jogo
O brasileiro Jonas tem passado grande parte da época na bancada, devido a lesão, mas já leva 11 golos na Liga NOS. Este sábado bisou, numa partida difícil para o Benfica. O primeiro foi de penálti, mas o segundo levantou o estádio, um remate portentoso de fora da área que garantiu três pontos. Terminou com um GoalPoint Rating de 7.1, graças também aos seus três remates, dois enquadrados, ganhou dois duelos aéreos em quatro, mas apenas cinco num total de 11.
Jogadores em foco
- Mattheus 6.8 – O filho de Bebeto foi o segundo melhor da noite. De livre acertou no poste direito da baliza de Ederson, na segunda parte, num total de três disparos, e ainda fez dois passes para finalização, um deles para uma ocasião flagrante.
- João Afonso 6.6 – Grande jogo do defesa-central estorilista. Ganhou seis de sete duelos, fez cinco desarmes, outras tantas intercepções e registou dez alívios, só batido pelos 14 de Dankler.
- Grimaldo 6.3 – Falhou um golo quase certo na segunda parte, mas assistiu Jonas para o 2-1. O espanhol vai melhorando a forma competitiva, tendo passado por ele grande parte do futebol “encarnado” – tocou 88 vezes na bola, o máximo no jogo.
- Lindelöf 6.2 – A sua presença em campo justificava-se só pelo corte no último lance do jogo, que evitou que um jogador do Estoril ficasse isolado perante Ederson. O sueco fez três intercepções e seis alívios e provocou três foras de jogo.
- Mitroglou 4.7 – O grego não está em forma e passou ao lado do jogo. Fez um remate, desenquadrado, e tocou apenas 12 vezes na bola.
Resumo
// GoalPoint