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Benfica vs CSKA Moscovo | “Águia” abatida em pleno voo

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O Benfica entrou com o pé esquerdo no Grupo A da Liga dos Campeões. As “águias” perderam em casa por 2-1 na recepção ao CSKA de Moscovo, após ter estado em vantagem.

Numa partida com poucos espaços frente à baliza de Akinfeev, o Benfica terminou foi superior, acumulou muitos remates, mas poucos enquadrados e muitos de fora da área, única solução para ultrapassar o “autocarro” russo – no outro extremo do campo registou-se o oposto, boa eficácia de remate e a maioria de dentro da grande área.

O voo da “águia” não deu em nada, e esta foi caçada pelas armas dos “homens do exército” russo.

O Jogo explicado em Números

  • Arranque tremido do Benfica que, apesar dos 73% de posse aos 15 minutos, registava apenas um remate (desenquadrado) contra três do CSKA, embora também sem a melhor direcção. Muitas dificuldades de penetração do ataque benfiquista.
  • Alguns espaços começaram a surgir e, por volta dos 25 minutos, ambas as formações somavam quatro remates, com os russos a registarem o único enquadrado. O Benfica, por seu turno, aumentara para 76% a posse de bola e 91% de passes certos. O CSKA apenas pressionava o portador junto da sua grande área, pelo que as “águias” trocavam o esférico com tranquilidade.
  • A tendência foi-se intensificando, com os “encarnados a chegarem aos nove remates (um enquadrado), por volta dos 35 minutos, mas seis deles realizados de fora da grande área, o que mostra as dificuldades benfiquistas. Aos 37 minutos, num desses disparos de longe, Grimaldo acertou no poste.

Tarefa complicada para o Benfica ao intervalo apesar do claro domínio da formação portuguesa. Ao intervalo os 74% de posse de bola reflectiam a tendência de jogo, mas esse domínio esbarrava no “autocarro” do CSKA, que permitiu 12 remates benfiquistas no primeiro tempo, mas nove deles de fora da área, tal a falta de espaços.

Não espanta por isso que o Benfica só tenha enquadrado dois disparos, os mesmos dos russos, que visaram a baliza de Bruno Varela em sete ocasiões. O regressado Grimaldo liderava os GoalPoint Ratings com 6.4, fruto de três remates – um enquadrado e um ao poste -, três dribles eficazes em três tentativas, 94% de eficácia de passe e quatro duelos ganhos em oito.

  • Excelente reentrada do Benfica em jogo, com Zivkovic a cruzar da esquerda para o desvio de Haris Seferovic para o 1-0. Aconteceu ao 14º disparo “encarnado”, apenas o terceiro enquadrado, o terceiro do suíço, primeiro com boa direcção.
  • Mesmo em desvantagem, o CSKA não mostrava grande ambição e, ao soar da hora de jogo, os russos ainda não haviam rematado nos 15 minutos iniciais do segundo tempo, contra os três (dois enquadrados) do Benfica – que mostrava maior eficácia no ataque à baliza. A posse, essa, mantinha-se nos 71% para os benfiquistas.
  • Porém, aos 61 minutos, o árbitro assinalou penálti para o CSKA e Vitinho empatou (63′). Um “balde de água fria” no Estádio da Luz, numa fase em que os comandados de Rui Vitória pareciam controlar os acontecimentos.
  • O Benfica sentiu o toque e, aos 71 minutos, o recém-entrado Zhamaletdinov fez o 2-1 para os russos, em recarga a defesa incompleta de Bruno Varela. Estava consumada a reviravolta, numa fase em que o CSKA estava por cima.
  • Em poucos minutos os visitantes remataram sete vezes à baliza de Bruno Varela, cinco delas enquadradas, e todas elas de dentro da área benfiquista. Ao invés, as “águias” somavam um total de dez disparos de longe em 16.
  • Perto do fim, aos 80 minutos, o Benfica somava um total de 19 remates contra 14 do CSKA, 4-7 em enquadrados, 6-9 em disparos dentro da grande área contrária. Números que explicam a derrota benfiquista e o triunfo da estratégia russa, que não deu espaços e aproveitou bem os que teve.

O Homem do Jogo

Zivkovic não merecia a derrota. O extremo sérvio fez um excelente jogo ofensivo e foi o benfiquista que remou contra a maré com mais clarividência.

Terminou com um GoalPoint Rating de 7.6, fruto de uma assistência em três passes para finalização, dois remates (um enquadrado), 90% de passes eficazes, 97 interacções com a bola, 11 duelos ganhos em 12 e ainda registou sete recuperações de bola.  Um verdadeiro “diabo” à solta.

Jogadores em foco

  • Bruno Varela 6.8 – Muito fez para evitar o desaire “encarnado”. Quando o CSKA pegou no jogo e foi atrás do prejuízo, o guarda-redes foi segurando o resultado, terminando a partida com cinco defesas, três delas a defesas dentro da grande área. Mais não poderia ter feito.
  • Pizzi 6.6 – Continua a ser o jogador do Benfica mais em jogo, mas esta terça-feira mais devido ao espírito combativo do que à clarividência. Esteve algo precipitado, ainda assim realizou quatro passes para finalização, acertou 101 de 114 entregas, somou 131 acções com bola (o máximo a par de André Almeida) e ainda cinco desarmes.
  • Grimaldo 6.2 – O lateral-esquerdo espanhol esteve muito bem, em especial na primeira parte. Foi o mais rematador da partida, com cinco disparos, embora apenas um enquadrado, acertou quatro de seis tentativas de drible e somou 96 interacções com bola. Esteve algo apagado mais atrás, com apenas quatro acções defensivas.
  • Wernbloom 6.4 – O médio-defensivo foi o melhor do CSKA, beneficiando da estratégia russa de fechar por completo a zona em frente à sua grande área. Destacou-se sobretudo a destruir, com 11 recuperações de bola, mais cinco desarmes, cinco intercepções e outros tantos alívios.
  • Jonas 4.7 – Um dia para esquecer da estrela brasileira. Rematou muito, quatro vezes, mas apenas enquadrou um disparo, e pouco mais fez na partida.

Resumo

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