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Benfica vs Braga | Arranque para o penta com vitória

O Benfica arrancou a defesa do título de campeão nacional com uma vitória convincente, por 3-1, diante do Sporting de Braga, no Estádio da Luz.

Uma vez mais, Jonas e Seferovic mostraram bom entendimento na frente de ataque, colocando as “águias” a vencer por dois golos em apenas meia-hora.

Na segunda parte, Salvio desfez todas as dúvidas e “matou” a partida, depois de Hassan ter reduzido a desvantagem no único remate à baliza em 90 minutos dos minhotos, que pouco fizeram para merecer a alcunha de “guerreiros”.

O Jogo explicado em Números

  • Início intenso da partida, embora as primeiras ocasiões dignas de registo demorassem algum tempo a acontecer. Após um primeiro “aviso” aos 12 minutos, num remate de cabeça, Seferovic abriu o activo aos 15 minutos, aproveitando da melhor forma um cruzamento de Jonas, que surgiu descaído pela esquerda. As “águias” fechavam o primeiro quarto-de-hora em vantagem e a liderar em posse de bola (61%-39%) e eficácia de passe (82%-71%).
  • O segundo quarto-de-hora trouxe poucas (ou nenhumas) mudanças. O Benfica continuou a pisar no acelerador, chegando à meia-hora com cinco remates, três deles enquadrados. Os minhotos, por sua vez, ainda não tinham conseguido importunar Bruno Varela.
  • E foi então que surgiu o segundo golo da noite do Benfica, de autoria de Jonas. O avançado brasileiro aproveitou um mau alívio de Raúl Silva (que até vinha a dar nas vistas neste capítulo, com seis alívios) e disparou para o fundo da baliza de Matheus naquele que era o seu segundo remate da noite.
  • Ainda antes do apito para o intervalo, o SC Braga acabaria por reduzir a desvantagem, logo no seu primeiro remate enquadrado. Ricardo Esgaio, no flanco direito, colocou a bola nas costas de Jardel para Hassan, que bateu Bruno Varela com um remate picado. Silêncio completo nas bancadas do Estádio da Luz, que acabariam por vibrar momentos depois, após um remate cruzado de Salvio que passou rente ao poste. Era o terceiro disparo desenquadrado do extremo argentino… em outros tantos executados.
  • Vantagem curta da equipa do Benfica ao intervalo, a equipa que mais tinha feito durante a primeira parte. A equipa “encarnada” acabou por sofrer um golo no único remate enquadrado que permitiu, o que demonstra bem as dificuldades sentidas pelos bracarenses, que tiveram em média 42% de posse de bola.
  • Em termos de destaques individuais, Seferovic e Jonas, os autores dos golos das “águias”, partilhavam o trono, ambos com nota 6.6 nos  GoalPoint Ratings, sendo que o brasileiro tinha ainda a particularidade de levar dois passes para finalização, um deles resultante em assistência. O guarda-redes Matheus era o melhor dos minhotos, com nota 6.3, fruto das suas quatro defesas.
  • O segundo tempo arrancou com um aviso dado por Pizzi, a obrigar Matheus à primeira defesa pós-interregno. Era uma amostra do que estava para vir: o terceiro golo dos da casa, marcado por Salvio, que apenas teve de encostar para desviar uma bola cortada por Rosic após cruzamento rasteiro de Cervi da esquerda.
  • À entrada para os derradeiros 20 minutos, um jogador surgia em destaque. Trata-se de Jonas, que ao golo apontado somava quatro passes para finalização – mais do que qualquer outro jogador dos “encarnados”. O maior criativo dos bracarenses era Ricardo Esgaio, com apenas dois, menos um do que Pizzi e Cervi.
  • As alterações introduzidas pelo técnico do SC Braga pouco ou nada mudaram o rumo dos acontecimentos, com os minhotos a terminarem a segunda parte sem um único remate enquadrado.
  • Paulinho, que entrou para o lugar de Hassan, somou quatro passes e dez toques em pouco menos de 30 minutos em campo.
  • O próprio Rui Fonte, titular no ataque bracarense, fez apenas um remate, bloqueado, o que espelha bem as dificuldades sentidas pelos homens de Abel Ferreira, que anseia pelos regressos dos lesionados Dyego Sousa e Wilson Eduardo.

O Homem do Jogo

Pizzi começa a nova época como havia terminado a anterior: a comandar o ataque “encarnado”. O médio português demonstra, uma e outra vez, a sua importância no processo ofensivo da sua equipa, fechando o primeiro encontro para o campeonato em destaque nos  GoalPoint Ratings, com nota 6.9, embora sem ter envolvimento directo em nenhum dos três golos da noite.

Mas não se pense que não tentou: Pizzi somou três passes para finalização e colocou dez vezes a bola na área adversária. Foi também o jogador com mais entregas (75) e toques (96), sendo que, dos seus 15 passes longos, apenas um não foi eficaz. Contribuiu ainda na defesa com 11 recuperações, deixando apenas a desejar no capítulo do drible – apenas um eficaz em seis tentativas.

Jogadores em foco

  • Matheus 6.9 – Esteve em grande destaque, com seis defesas ao todo. Impediu que o marcador fosse mais dilatado.
  • Jonas 6.9 – Somou quatro passes para finalização, um golo e uma assistência. Foi ainda feliz no único drible que executou.
  • Seferovic 6.7 – Rematou muito e quase sempre bem (cinco disparos enquadrados em sete). Teve uma ocasião flagrante para marcar o segundo da noite mas acabou por desperdiçá-la.
  • Bruno Varela 5.0 – Sofreu um golo e não fez uma única defesa. Falhou 15 dos 27 passes que fez – mais do que qualquer outro jogador em campo.
  • Rosic 4.2 – Foi o pior jogador na Luz, muito por culpa de um erro resultante em golo. Disputou apenas dois duelos (Raúl Silva disputou 13, por exemplo) e somou dois alívios e duas intercepções.

Resumo

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