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Bélgica 1-0 Portugal | Campeão cai em jogo de Hazard

Jose Manuel Vidal / EPA / POOL

A seleção portuguesa de futebol, campeã em título, foi este domingo afastada nos oitavos de final do Euro2020, ao perder com a Bélgica por 1-0, no Estádio de La Cartuja, em Sevilha, Espanha.

Um golo de Thorgan Hazard, aos 42 minutos, selou o triunfo dos ‘diabos vermelhos’, líderes do ‘ranking’ da FIFA.

O campeão da Europa disse adeus ao EURO 2020. Portugal perdeu com a Bélgica por 1-0, num jogo ingrato no qual a turma das “quinas” foi melhor e criou mais perigo, em especial na segunda parte.

Mas que foi decidido através do único remate enquadrado que os belgas fizeram em todo o jogo, por Thorgan Hazard.

Depois disso foi vê-los recuar e evitar a todo o custo o empate. E conseguiram, apesar da ampla superioridade da formação lusa, como todas as estatísticas mostram, e das muitas ocasiões na etapa complementar, incluindo uma bola ao poste.

Portugal melhor… mas não chegou

A primeira parte foi repartida. Durante alguns períodos, a Bélgica teve mais bola, noutros foi Portugal, com as duas equipas cientes da necessidade de aproveitar bem as transições.

A formação lusa foi mais rematadora nesta etapa inicial, teve alguns lances de perigo, como por Diogo Jota no início e um livre de Cristiano Ronaldo para defesa apertada de Courtois, mas a verdade é que os belgas foram mais eficazes e, no único disparo enquadrado que fizeram, marcaram, um grande golo de Thorgan Hazard.

Portugal, a perder, pegou no jogo no segundo tempo, não deixando sequer os belgas aplicarem o seu famoso contra-ataque.

Tudo controlado, menos no ataque, com a formação das “quinas” a esbarrar contra a defesa cerrada dos “diabos vermelhos”.

Muita bola, remates e Rúben Dias a obrigar Courtois a grande defesa, com Raphaël Guerreiro a acertar no poste no lance seguinte. Faltava a “estrelinha” ao campeão, que atacava cada vez mais, ajudado também pelas alterações – Fernando Santos colocou a “carne toda no assador”. Mas este não era o dia de Portugal.

Melhor em Campo

O homem que decidiu o jogo. Thorgan Hazard realizou o único remate enquadrado da Bélgica, na primeira parte, um excelente disparo que, com a potência, mudou de trajectória e traiu Rui Patrício.

Depois foi recuar, incluindo o jogador do Dortmund, que terminou com três acções defensivas no meio-campo português e cinco desarmes, segundo valor mais alto do jogo. Hazard acabou por ser o MVP, com um GoalPoint Rating de 7.3.

Jogadores de Portugal

Cristiano Ronaldo 7.1 – O capitão voltou a estar num grande nível. Ronaldo foi, a par de Palhinha (!), o mais rematador, com quatro disparos, criou uma ocasião flagrante em três passes para finalização, somou oito passes ofensivos valiosos, completou quatro de cinco tentativas de drible e ganhou três de oito duelos aéreos ofensivos. Só lhe faltou o golo.

Rúben Dias 6.8 – Mais um avançado de nível mundial “no bolso”. Lukaku pouco ou nada fez perante Rúben, que completou sete de 13 passes longos, recuperou dez vezes a posse de bola e somou três intercepções. Extraordinário o remate de cabeça para defesa por instinto de Courtois.

Renato Sanches 6.0 – Novamente um dos melhores da equipa das “quinas”, em especial quando a luta do meio-campo esteve dividida. “Bulo” tentou duas vezes o remate, ambas de fora da área, fez dois passes para finalização, completou 92% dos passes, recuperou oito vezes a posse e completou três de seis tentativas de drible.

João Moutinho 5.9 – Titular para ajudar no equilíbrio da zona do meio-campo, cumpriu bem a sua função, mas saiu quando era necessário partir para cima dos belgas. Foi um dos mais carregados em falta (3), duas vezes em zona de perigo.

Diogo Jota 5.9 – Teve nos pés a primeira ocasião do jogo, tentou imprimir velocidade e fez três passes para finalização, completando 94% dos passes. Mas não conseguiu desequilibrar no último terço.

Danilo Pereira 5.8 – Entrou para o último quarto-de-hora, para jogar a central e permitir que a equipa se soltasse no ataque, e esteve intransponível, com quatro recuperações, um desarme e uma intercepção.

João Félix 5.7 – O avançado do Atlético jogou os últimos 36 minutos e mexeu com o ataque, somando três remates neste período, dois de fora da área, e quatro passes ofensivos valiosos, e ainda ganhou dois duelos aéreos ofensivos às “torres” belgas.

Raphaël Guerreiro 5.7 – Teve nos pés um dos lances mais perigosos, ao rematar ao poste esquerdo da baliza de um Courtois completamente batido. O lateral Fez dois passes para finalização, seis ofensivos valiosos e foi o jogador com mais acções com bola (99).

André Silva 5.6 – Pedia-se a sua entrada mais cedo. Nos 23 minutos que esteve em campo somou o máximo de acções com bola na área contrária (6), fez dois passes para finalização e desperdiçou uma ocasião flagrante, que valia 0,7 expected goals (xG).

Diogo Dalot 5.5 – Lançado a titular no lugar de Nélson Semedo, Dalot não comprometeu, fez mesmo cinco passes ofensivos valiosos e somou seis acções defensivas.

João Palhinha 5.5 – Fundamental o “trinco” do Sporting a cortar as transições rápidas dos belgas e a anular o meio-campo contrário, incluindo Kevin De Bruyne (que saiu lesionado após lance com Palhinha). Foi o mais rematador, a par de Ronaldo, com quatro disparos, embora nenhum enquadrado, e somou quatro acções defensivas no meio-campo contrário e seis desarmes, ambos máximos do jogo.

Pepe 5.5 – Outro “monstro” na luta com Lukaku. O central do FC Porto usou toda a sua experiência para dominar as dobras e posicionar-se para anular as investidas do possante atacante belga. Terminou com oito recuperações de posse.

Bruno Fernandes 5.2 – Entrou em simultâneo com João Félix, com a ideia de aproximar o meio-campo da área adversária e tentar o remate de fora da área. Terminou com dois disparos, todos dessa zona, nenhum enquadrado, fez dois passes para finalização e quatro ofensivos valiosos.

Sérgio Oliveira 5.2 – Tal como Bruno, entrou para aumentar o poder de fogo da Selecção, mas o máximo que conseguiu foi dois passes ofensivos valiosos.

Bernardo Silva 5.1 – Passou ao lado do jogo (e do Europeu), demonstrando pouca frescura física.

Rui Patrício 4.6 – Ingrata a nota do guardião luso, mas a verdade é que teve muito pouco trabalho e o único remate que foi à sua baliza deu golo. Terminou, assim, sem qualquer defesa.

Destaques da Bélgica

Thibaut Courtois 6.6 – Portugal enquadrou quatro remates e Courtois defendeu-os todos, alguns com selo de golo, três dessas defesas a disparos a menos de oito metros. Uma autêntica muralha.

Thomas Meunier 6.4 – Foi dele a assistência para o único golo do jogo, tendo sido fundamental nos momentos de aperto defensivo, com três duelos aéreos defensivos ganhos (100%) e cinco alívios.

Jan Vertonghen 6.0 – O central do Benfica esteve intransponível, graças ao seu excelente posicionamento. Completou 93% dos passes que realizou, somou 16 passes aproximativos (máximo do jogo… de longe) e fez quatro alívios.

Resumo

ZAP // Lusa / GoalPoint

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