// António Cotrim / Lusa (comp.)

Pedro Nuno Santos e Pedro Santana Lopes protagonizam uma peculiar troca de farpas, com insinuações de “trapalhadas” e infantilidades, e com o Governo de Luís Montenegro pelo meio.
Pedro Santana Lopes não gostou de ouvir a comparação que Pedro Nuno Santos fez entre o Governo em que foi primeiro-ministro, em 2004, e o actual Executivo de Luís Montenegro, e respondeu na mesma moeda ao secretário-geral do PS.
O líder socialista comparou o Governo de Montenegro ao de Santana Lopes em 2004, quando sucedeu a Durão Barroso como primeiro-ministro, durante um encontro com empresários organizado pela Confederação do Comércio e Serviços.
Sem referir o nome de Pedro Santana Lopes, o secretário-geral do PS falou do Executivo liderado pelo ex-social-democrata, notando que o actual Governo de Montenegro “é um Governo igual com mais cinco meses” e que “envolveu a todos em trapalhadas para as quais não tínhamos de ser chamados”.
Pedro Nuno continuou, sublinhando que a situação de Montenegro é “insustentável” e que “tem consequências na economia”, tal como aconteceu com Santana Lopes em 2004.
Nesse ano, o Parlamento acabou por ser dissolvido pelo Presidente Jorge Sampaio, o que ditou a queda do Governo de Santana Lopes que só esteve em funções como primeiro-ministro durante cerca de cinco meses.
Santana Lopes fala de “despacho infantil” de Pedro Nuno
Santana Lopes ficou “tocado” com as palavras de Pedro Nuno e respondeu-lhe à letra em declarações ao Observador, recordando os casos em que esteve envolvido enquanto ministro no Governo de António Costa.
O ex-primeiro-ministro do PSD realçou que enquanto esteve no Governo, “nenhum ministro se esqueceu de ter autorizado uma indemnização de meio milhão de euros”, lembrando o valor pago à antiga gestora da TAP, Alexandra Reis.
Santana Lopes ainda acusou Pedro Nuno de ter autorizado a compensação e de ter atirado “as culpas para outro ministro e para um seu secretário de Estado”.
O ex-presidente do Aliança, partido que formou depois de deixar o PSD, notou ainda que enquanto foi primeiro-ministro, “nenhum ministro foi desautorizado depois de ter feito um despacho infantil como se fosse o único a decidir”.
Esta nota refere-se ao momento em que Pedro Nuno Santos anunciou a localização do novo aeroporto de Lisboa à revelia do primeiro-ministro. António Costa acabou por o desautorizar publicamente, forçando a revogação do despacho.
Santana Lopes ainda recordou que no seu Governo, não “andaram à pancada no gabinete”, como aconteceu com o ministro que sucedeu a Pedro Nuno Santos na pasta das Infraestruturas, João Galamba, em 2023, num episódio polémico com o adjunto Frederico Pinheiro.
O Pedro Nuno Santos esquece que tem “telhados de vidro”.
Já nem vidros tem… É mesmo só cacos!
Que pancada que o broeiro incompetente do PS levou!
Este garoto do PS tem toda a expressão de revolucionário. O seu radicalismo está sempre presente, mesmo que tente esforçar-se para ocultá-lo. Aprendeu a sê-lo com o pai, que foi ativista no PREC (período revolucionário em curso), integrado no partido “Frente Eleitoral dos Comunistas Marxistas-Leninistas (FEC ML)”.