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Famosas batatas fritas belgas podem encolher 3 cm. A culpa é da seca

FoodishFetish on Foter.com / CC BY-NC-ND

As “frite” ou “frieten”, habitualmente acompanhadas de maionese, são um prato nacional belga.

As tradicionais e famosas batatas fritas da Bélgica podem encolher três centímetros, alertam os agricultores. Tudo por causa da seca que está a afectar o país e que também pode fazer disparar o preço da iguaria que é considerada “um símbolo nacional”.

A falta de chuva que está a afectar a Bélgica vai reduzir as colheitas de batata em cerca de 25%, avisa o presidente da Associação de Produtores de Batata de Walloon, Pierre Lebrun, em declarações ao jornal belga Sudpresse.

“Estamos a caminho de um retorno de 25% abaixo da média dos últimos 5 anos”, frisa este responsável.

Além da menor quantidade, as batatas estão também mais pequenas. “Vamos todos comer batatas fritas mais pequenas“, aponta Lebrun.

“Geralmente, para ter batatas fritas compridas, trabalhamos tubérculos com um diâmetro de mais de 50 milímetros. Então, chegamos a ter batatas fritas de 8 a 9 centímetros. Agora, como os tubérculos são mais pequenos, as batatas fritas serão também mais pequenas”, sustenta o presidente da Associação de Produtores.

As chamadas “frite” ou “frieten“, habitualmente acompanhadas de maionese, são um prato nacional belga.

“As frites são essenciais. São parte da nossa cultura. São mais do que um produto – são um símbolo da Bélgica“, constata Bernard Lefèvre, o presidente da Associação Nacional de Frituristas (Unafri-Navefri), que junta os proprietários dos espaços comerciais que vendem a iguaria belga, em declarações ao Politico.

“Os preços já subiram”, atesta ainda Lefèvre. E sendo o custo da matéria-prima mais cara, também pode aumentar o custo do famoso e normalmente barato prato belga.

“Em 2017, uma tonelada de batatas vendia-se por 25 euros porque o fornecimento era muito substancial. Agora, estamos a falar de cerca de 250 euros a 300 euros por tonelada”, salienta o secretário geral da Belgapom, o maior produtor de batata do país, Romain Cools, em declarações citadas pelo The Guardian.

Apesar de tudo, ainda há “esperança” de que o cenário se inverta, como nota Lefèvre, constatando que “é a primeira vez que os belgas rezam por mais chuva“.

SV, ZAP //

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