Uma base de dados desprotegida e de acesso público contém informações pessoais, contactos e o “estado de fertilidade” de 1,8 milhões de mulheres chinesas.
As informações – que incluem nomes, idades, contactos telefónicos e a “capacidade de procriação” das mulheres – foram encontradas por investigadores da fundação holandesa GDI e divulgadas online para denunciar a falha de segurança.
Segundo o Observador, a fertilidade destas mulheres foi registada numa escala binária (sim ou não) sob o parâmetro BreedReady (pronta a procriar, numa tradução livre). A informação é acompanhada pelo nome, idade, estado civil, grau de escolaridade, número de telefone e morada das mulheres.
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Victor Gevers, um dos investigadores da GDI, explicou ao The Guardian que não tinha forma de saber se esta base de dados era privada ou mantida pelo Governo chinês. Ainda assim, o investigador destaca que o mais importante é “garantir que as informações são protegidas e escondidas do público” o mais rapidamente possível.
A grande maioria da informação disponibilizada, cerca de 82%, é referente a mulheres a viver na capital chinesa, Pequim. Além disso, as mulheres listadas têm entre 15 e 89 anos.
Como explicação para a base de dados, Gevers apontou a crise de natalidade feminina na China: “Na China têm falta de mulheres, portanto alguém começou a compilar dados sobre elas”.
A política de filho único vigora no país asiático desde 1979 e encoraja o nascimento de homens, levando ao abortos seletivo de bebés do sexo feminino (ou ao infanticídio de raparigas recém-nascidas).