Apesar de esta ser uma proposta unilateral, a administração da Autoeuropa vai satisfazer uma das reivindicações dos trabalhadores: o pagamento dos sábados a 100%.
A administração da Autoeuropa comunicou hoje aos trabalhadores a intenção de avançar unilateralmente, em janeiro, com um novo horário de produção de 17 turnos semanais, face à rejeição de dois pré-acordos negociados previamente com a Comissão de Trabalhadores.
Embora se trate de um acordo imposto unilateralmente, a administração da Autoeuropa promete pagar os sábados a 100%, equivalente ao pagamento como trabalho extraordinário, que era umas principais reivindicações dos trabalhadores.
Este pagamento dos sábados a 100% poderá ainda ser acrescido de mais 25%, caso sejam cumpridos os objetivos de produção trimestrais.
“Em finais de janeiro vamos iniciar o modelo de trabalho de 17 turnos semanais, que cumpre com a lei e garante a produção aos sábados a dois turnos”, refere um comunicado da empresa distribuído hoje de manhã aos trabalhadores.
“Claramente que vamos refletir no feedback que nos foi dado com o resultado do referendo. Embora tenham sido expressas muitas opiniões diferentes nas várias reuniões, entendemos que a maioria dos colaboradores está comprometida com o cumprimento do programa de produção do próximo ano”, acrescenta o comunicado.
No documento, a administração da Autoeuropa defende a necessidade de avançar com “um modelo de trabalho que seja legal” e refere que “as condições do pré-acordo rejeitado seriam possíveis apenas com uma autorização do Conselho de Administração da marca Volkswagen para o aumento dos custos de produção da fábrica, pelo que sem um acordo, não é possível manter essas condições”.
O novo horário, que entrará em vigor em finais de janeiro, deverá vigorar até ao mês de agosto de 2018. A Autoeuropa promete discutir o período após agosto com a Comissão de Trabalhadores.
Os novos horários de laboração contínua preveem quatro fins-de-semana completos e mais um período de dois dias consecutivos de folga em cada dois meses para cada trabalhador.
ZAP // Lusa
… e é bom que os trabalhadores aceitem, ou procurem outro emprego, porque a paciência da empresa esgotou e já têm escolhida uma cidade alternativa para a deslocalização. Nesse caso, os trabalhadores ficarão com os sábados livres… e também com os restantes dias da semana.
É… pode ser que um dia a tua empresa também encontre algum desgraçado do Nepal (etc), que faça o teu trabalho por 100 ou 200€/mês e depois tu também vais ficar com o dias da semana livres!…
vai trabalhar malandro!
Carlos,
é isso mesmo…
Os sindicalistas que vão é para a linha trabalhar, em vez de andarem a fazer estão a defender os direitos dos trabalhadores! Há malandros que trabalham na Autoeuriopa que nunca aparafusaram um parafuso. Dizem que estão a trabalhar nos pelos direitos dos trabalhadores! LOL. Se fossem era trabalhar, os outros efectivamente tinham mais direitos…
Viva o PCP… a fechar empresas em Portugal há mais de 40 anos