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Autarquias desperdiçaram 128 litros de água por dia em 2018

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A Câmara Municipal de Macedo de Cavaleiros encabeça a lista de entidades gestoras que mais água desperdiçam diariamente: 538 litros diários por ramal.

Em 2018, a média de perda de água em Portugal continental situou-se nos 128 litros por dia por cada ramal, um valor que é, contudo, menor do que o registado em 2017 (137 litros), avança a TSF esta terça-feira.

Segundo o último Relatório Anual dos Serviços de Águas e Resíduos em Portugal, realizado pela Entidade Reguladora dos Serviços de Águas e Resíduos (ERSAR), 81 de 256 entidades gestoras apresentam um desempenho insatisfatório, correspondendo a cerca de 30%.

A Câmara Municipal de Macedo de Cavaleiros encabeça a lista de entidades gestoras que mais água desperdiçam diariamente: 538 litros diários por ramal. Seguem-se as autarquias de Terras de Bouro, com perdas reais de 502 litros de água; de Chaves, com 468 litros; e de Anadia, com 461 litros.

A rádio também destaca o município de Estremoz, que tem perdas de 404 litros diários e a autarquia de Cabaceira de Bastos, que perde 401 litros por dia em cada ramal.

Além destas perdas, o mesmo relatório mostra ainda dados relativos a água não faturada, que apesar de ser captada, tratada e distribuída não chega a ser cobrada aos utilizadores. Cerca de 80% das entidades que fazem a distribuição de água têm um mau desempenho, sendo que apenas 10% têm boa qualidade de serviço.

As maiores percentagens verificam-se novamente em Macedo de Cavaleiros, que não cobra 82,1% da água que disponibiliza, e em Estremoz, com 75,9% de água utilizada e não faturada. Juntam-se também os municípios de Cabeceiras de Basto (74,3%), Mação (72,1%), Chaves (71,2%) e Santa Marta de Penaguião (71%). A média no continente português situa-se nos 29,4%, indica a TSF.

Em declarações à rádio, o vereador com o pelouro das Águas, Saneamento e Resíduos de Macedo de Cavaleiros, Rui Vilarinho, explica que o município tem uma rede de abastecimento de água já muito envelhecida e de difícil manutenção, mas garante estar a tentar melhorá-la.

O vereador diz que é preciso “muito investimento” para recuperar as condutas, mas explica que a autarquia não tem condições financeiras para avançar com todas as reparações necessárias.

ZAP //

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