As declarações do presidente da Altice Portugal de que o SIRESP ia “acabar a 30 de junho” fizeram soar os alarmes. Autarcas e bombeiros querem que o Governo mantenha a rede de emergência.
Na quarta-feira, em entrevista à agência Lusa e ao Diário de Notícias, o presidente da Altice Portugal Alexandre Fonseca disse que a empresa não teve “qualquer tipo de contacto por parte do SIRESP” sobre a continuidade do contrato, pelo lhe parece que a rede de emergência “vai acabar no dia 30 de junho”.
Esta notícia fez soar o alerta entre autarcas e bombeiros, que estão agora a pressionar o Governo a manter o SIRESP em funcionamento.
Em declarações ao DN, Jaime Marta Soares, presidente da Liga de Bombeiros, disse que a situação é “estranha e muito preocupante” e sublinhou que o SIRESP é uma ferramenta “absolutamente imprescindível” no trabalho de socorro.
“Não me passa pela cabeça que possa acabar. Só se o governo tem alguma alternativa, que não estou a ver qual seja”, considerou.
Marta Soares está preocupado, não só com o cenário de risco da atual rede de comunicações de emergência, mas também com a possibilidade de o sistema não estar operacional quando se iniciar a época de fogos, a 15 de maio.
“Seria algo de inaceitável que uma ferramenta destas não estivesse a funcionar”, afirmou.
Por sua vez, Rui André, presidente da Câmara de Monchique, município que foi assolado por um incêndio em 2018, que destruiu mais de 26 mil hectares de área florestal, dezenas de casas e provocou mais de 40 feridos, também se mostrou preocupado com a situação.
“Um atraso ou delonga do governo que ponha em causa a continuação deste serviço é gravíssimo“, disse o autarca ao DN, defendendo que a nova fase do SIRESP devia ser preparada com tempo.
“Para Monchique seria muito importante que fosse discutido um eventual aumento da cobertura”, continuou Rui André, dizendo esperar que “não seja tudo feito em cima da hora”. “O governo tem de resolver este assunto rapidamente”, reiterou.
Também José Alberto Dias, presidente da Câmara de Pampilhosa da Serra, defendeu, em declarações ao DN, uma “negociação rápida”, uma vez que o sistema é “um equipamento fundamental para o socorro” e sem “qualquer hipótese de ser substituído de repente”.
Na terça-feira, na comissão parlamentar de Assuntos Constitucionais, o ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita, disse que está programada “uma reforma profunda que passa pela integração numa única entidade de tudo aquilo que são bases de dados, sistemas de comunicação do Ministério da Administração Interna” – como a “rede nacional de segurança interna, o SIRESP, o 112”.
Segundo o mesmo jornal, o SIRESP poderá continuar em funcionamento, mas não como parceria público-privada e sim integralmente nas mãos do Estado.
É as barragens e electricidade nas mãos dos chineses… as telecomunicações dos espanhóis… vendem o país e agora pagam-no com prejuízo para todos nós. Ainda acabamos nas mãos do rei de marrocos…
Espanhóis?!
Quem/onde?
Não eram estes Srs. entre Eles J.M.Soares que criticavam o mau funcionamento do SIRESP ????
É confirme a onda mediática!…
O maior incendiário do país (JM Soares) era a favor, depois era contra e, agora diz que o SIRESP é essencial!…