Trabalhadores da administração pública com salários até 2.700 euros vão ter aumento de, no mínimo, 52 euros. Outros valores não foram esclarecidos.
Mariana Vieira da Silva confirmou nesta quinta-feira o aumento mínimo de 52,11 euros para os trabalhadores da administração pública.
As pessoas na função pública abrangidas são as que vão receber no próximo ano um salário de, no máximo, 2.700 euros por mês.
A ministra da Presidência reforçou que, em ordenados acima desse valor, será aplicada uma actualização salarial dos 2%.
Estes valores já tinham sido acordados um mês antes entre Governo, Federação de Sindicatos da Administração Pública e de Entidades com Fins Públicos e Frente Sindical coordenada pelo Sindicato dos Quadros Técnicos do Estado e Entidades com Fins Públicos.
A base remuneratória da administração pública ficou fixada em 761,58 euros e “actualiza o valor das remunerações da administração pública, correspondendo a um aumento salarial anual equivalente a um nível remuneratório em cada carreira, ou de 2% para todos os trabalhadores”, comentou a ministra.
Mariana Vieira da Silva deixou alguns detalhes, depois da reunião do Conselho de Ministros: aumento médio de 3,6% para a totalidade da administração pública, 6,7% para técnicos superiores, de 12,5% para assistentes técnicos.
Refira-se que o salário de todos os assistentes técnicos terá no próximo ano uma subida de 104 euros.
Nessa sequência, a ministra disse também que, além dos 52 euros, há “algumas carreiras” da administração interna, da defesa e da saúde que também vão ter uma subida extra nos salários – tal como os assistentes técnicos – dependendo dos “anos de casa” que acumulam na função pública. Uma valorização da carreira.
O Governo explicou ao Jornal de Negócios que esses aumentos serão de 104 euros em alguns casos, mas de “valor diferente” noutras situações.
Esta medida será aplicada a guardas da GNR, agentes da PSP, seguranças da PJ, entre as polícias.
Aplica-se também a carreira especial de fiscalização, de técnico de emergência pré-hospitalar e tripulantes de embarcações salva-vidas.
E ainda a militares dos quadros permanentes, em regime de contrato e voluntariado, e dos militares em instrução básica dos três ramos das Forças Armadas.
Fonte oficial do gabinete de Mariana Vieira da Silva repetiu que “a valorização na categoria de assistente técnico terá idêntica tradução” em todas estas categorias.
Mas não esclareceu, nem quantos funcionários serão incluídos nestes aumentos, nem quanto será o aumento – nos casos em que não se aplica a tal subida de 104 euros.
“Será um aumento salarial de 52,11€ mais um nível remuneratório (que normalmente é 52,11€, mas não é sempre) de valorização da carreira”, afirmou a fonte.