A primeira-ministra do Reino Unido, Theresa May, revelou hoje que o autor do ataque de quarta-feira ao parlamento era de nacionalidade britânica e já tinha sido investigado pelos serviços secretos por ligações à violência extrema.
Perante a Câmara dos Comuns, Theresa May assegurou por outro lado que as autoridades acreditam que o atacante agiu sozinho e não há razões para recear outros ataques.
Segundo a primeira-ministra britânica, o atacante, cuja identidade não foi nesta fase divulgada, é britânico, foi investigado e considerado uma figura sem relevância.
May considerou que o ataque é “um ataque contra todas as pessoas livres” e assegurou que o Reino Unido “não tem medo”.
Esta quarta-feira, o atacante atropelou várias pessoas na ponte de Westminster, embateu na grade do parlamento, abandonou a viatura e correu para o edifício, onde esfaqueou um agente da polícia antes de ser abatido pelas forças de segurança.
O atacante, o polícia esfaqueado e dois civis morreram, havendo ainda cerca de 40 pessoas feridas, entre as quais um jovem português.
Uma das vítimas mortais era casada com português
Uma das duas vítimas civis do ataque em Londres, Aysha Frade, professora de espanhol residente na capital londrina, ia buscar as filhas à escola quando foi atropelada pelo atacante na ponte de Westminster.
Filha de um cipriota e de uma espanhola que se conheceram no Reino Unido, Aysha Frade era casada com um português, João Frade, natural de Braga. O casal tem duas filhas, de 8 e 11 anos. De acordo com fonte da Secretaria de Estado das Comunidades Portuguesas, João Frade tem nacionalidade britânica.
Segundo uma fonte do ministério dos Negócios Estrangeiros espanhol, em Madrid, Aysha Frade, perdeu a nacionalidade espanhola há já “alguns anos”, mas a sua mãe e duas irmãs vivem no concelho de Betanzos, na Galiza.
Aysha, que era professora de espanhol no colégio DLD, em Londres, tinha passaporte britânico, pelo que não foi inicialmente identificada como uma vítima pelas autoridades espanholas.
Há 8 detidos relacionados com o ataque
A polícia britânica realizou esta madrugada uma operação em Birmingham e Londres relacionada com o ataque de Westminster, na sequência da qual foram detidas 8 pessoas.
Segundo o comandante da unidade antiterrorista da polícia londrina, Mark Rowley, as buscas decorreram em seis locais, envolveram centenas de agentes e resultaram em 8 detenções.
Mark Rowley adiantou ainda que até ao momento, não foram encontrados indícios que apontem para “novas ameaças terroristas”.
“Continuamos convencidos de que o atacante agiu sozinho esta quarta-feira, e que foi inspirado pelo terrorismo internacional“, sublinhou.
Segundo Rowley, a polícia está a concentrar a investigação na “motivação e preparação” do suspeito e de possíveis “associados”, estando a ser interrogadas centenas de testemunhas e analisadas imagens de câmaras de segurança.
Segundo o jornal The Guardian, o Estado Islâmico reivindicou a responsabilidade do atentado, através de uma nota da agência noticiosa Amaq, habitualmente usada pela organização terrorista para difundir propaganda.
Presidente da Turquia condena atentado em Londres
Um dia depois de ter ameaçado que nenhum europeu andará em segurança, o presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, condenou hoje o ataque terrorista de Westminster, numa mensagem difundida através do Twitter, afirmando que o Reino Unido é um aliado na luta contra o terrorismo.
“Demonstramos solidariedade para com o Reino Unido, aliado e amigo contra o terrorismo: a maior ameaça contra a paz e a segurança global”, afirma Erdogan na mensagem divulgada hoje.
Na quarta-feira, horas antes do atentado de Londres, Erdogan dizia a um grupo de jornalistas em Ancara que os cidadãos europeus “não vão poder sair às ruas em paz” criticando o “comportamento da Europa” em relação aos membros do governo da Turquia impedidos de participar em comícios a favor da revisão constitucional turca.
Na mensagem difundida esta quinta-feira, o presidente turco afirma que a Turquia “partilha a dor do Reino Unido“, referindo-se ao atentado ocorrido em frente ao parlamento britânico.
ZAP // Lusa
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Atacante de Londres era britânico e foi investigado. Estado Islâmico reivindica
Mais um memorial que vai ser mandado construir em Londres pelos políticos em memória das vítimas e se no entanto nada pensarem mudar em relação a certas religiões e raças daqui a algum tempo teremos a Europa plena desses monumentos.
Chamem-lhe “britânico”… Isto do politicamente correcto já mete nojo. Mas se fosse um português diziam logo que era português. Os ingleses só têm medo é dos mouros.