Sabia que o asteróide de “O Principezinho” existe? A versão real é um asteróide de dois quilómetros de largura chamado 46610 Bésixdouze.
No clássico livro infantil, um piloto perdido no deserto do Saara conhece um menino estranho, que afirma ser um viajante espacial de um pequeno asteróide chamado B612. É um mundo fantasioso do tamanho de uma casa, com dois vulcões ativos e um adormecido, uma infestação de baobás e uma rosa sensível.
O menino (que o piloto chama de Principezinho) diz ao piloto que passou o seu tempo no B612 a tentar manter os baobás sob controlo e a cuidar da rosa bonita, mas exigente. O Principezinho amava a rosa, mas sentia que ela o tinha usado, por isso deixou B612 para explorar os outros planetas.
Por causa desta história, em 1993, um asteróide foi nomeado 46610 Bésixdouze em homenagem ao planeta do protagonista. O número 46610, convertido no sistema hexadecimal, dá B612. E “Bésixdouze” é como se diz “B612” em francês.
46610 Bésixdouze é um asteróide escuro e rochoso com cerca de dois quilómetros de largura, por isso é demasiado pequenos para ter vulcões. Rosas e baobás são ainda menos prováveis num pedaço de rocha sem água e sem ar no cinturão de asteróides interno.
Porém, 46610 Bésixdouze tem uma parte interessante da história em comum com o seu “gémeo” fictício.
Antoine de Saint-Exupéry escreveu que os astrónomos da Terra captaram um único vislumbre do B612 em 1909 e anunciaram a descoberta numa reunião científica em 1920. De maneira semelhante, os astrónomos na Terra avistaram 46610 Bésixdouze apenas uma vez, em 1986, antes da sua descoberta oficial vários anos depois. Em 1993, os astrónomos do Observatório Kitami no Japão finalmente reuniram observações suficientes do asteróide para ter certeza de que realmente lá estava.
Essa semelhança é a razão pela qual o Minor Planet Center aceitou a sugestão de dois astrónomos de nomear o asteróide real em honra do asteróide lar de “O Principezinho”.