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Arranca esta segunda-feira a vacinação, em simultâneo, contra a gripe e a covid-19

Vasco Célio / Lusa

Enfermeira com uma vacina na mão

A vacinação, em simultâneo, contra a gripe e a covid-19 arranca esta segunda-feira em Portugal continental e a Direção-Geral da Saúde (DGS) prevê vacinar cerca de dois milhões de pessoas.

A diretora-geral da Saúde Graça Freitas garantiu, na sexta-feira, que está “tudo preparado” para a coadministração das duas vacinas a pessoas com 65 ou mais anos a partir de hoje, uma prática realizada em Portugal e no mundo, no âmbito dos programas nacionais de vacinação, que visa otimizar os esquemas vacinais recomendados.

A DGS avançou que os dados disponíveis analisados pela Comissão Técnica de Vacinação contra a covid-19, que incluem os resultados da reunião do grupo de peritos da Organização Mundial da Saúde em matéria de vacinação, mostram que existe um perfil de segurança aceitável após a toma das duas vacinas.

Além disso, a informação disponível sugere a manutenção da eficácia de ambas as vacinas, uma vez que, até à data, não existe evidência de alteração da resposta imunológica.

De acordo com a TSF, os portugueses que receberem em simultâneo estas duas vacinas podem ser aconselhados a tomar paracetamol, tendo em conta a possibilidade de existirem mais reações adversas provocadas pela administração conjunta.

A hipótese e o risco estão expressamente previstos nas duas normas da vacinação contra a covid-19 e contra gripe atualizadas nos últimos dias pela Direção-Geral da Saúde (DGS). A norma relativa à vacinação contra o SARS-CoV-2 acrescenta que “se desconhece se a coadministração favorece um maior número ou diferente tipologia de reações adversas”.

A DGS também detalha onde devem ser dadas as vacinas e o mais comum é que o sejam em locais diferentes: a vacina para a covid-19 à esquerda e vacina para a gripe à direita. Em alternativa podem ser usados os músculos das coxas, “não devendo ser realizada a administração nos glúteos”.

Só “em situações excecionais as vacinas podem ser administradas no mesmo local anatómico, com, pelo menos, 2,5 cm de distância”.

Em qualquer caso, a norma da DGS prevê que “o utente deve ser informado relativamente a possíveis reações adversas” e “pode optar por uma administração em dias diferentes“. Neste último caso, “deve ser respeitado o intervalo de 14 dias entre administrações, nos termos das normas específicas das vacinas contra a covid-19 da DGS”.

A administração da terceira dose da vacina contra a covid-19 está a decorrer em Portugal, com prioridade aos idosos com 80 e mais anos e utentes de lares e de cuidados continuados e abrangendo, nesta fase, as pessoas com 65 ou mais anos.

ZAP // Lusa

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