Este fim de semana, cerca de 170 mil professores e funcionários dos 2.º e 3.º ciclos do ensino básico e do secundário, trabalhadores das chamadas “respostas sociais”, que incluem creches, centros de atividades ocupacionais e serviços de apoio domiciliário, recebem a primeira dose da vacina contra a covid-19.
Quase 170 mil professores e funcionários das escolas vão receber a primeira dose da vacina contra a covid-19 entre este sábado e domingo, depois de o processo ter sido adiado uma semana devido a novas restrições.
De acordo com a task-force responsável pelo plano de vacinação, até à manhã de sexta-feira já tinham sido enviados mais de 187 mil SMS para o agendamento da vacinação, que irá decorrer entre hoje e domingo, envolvendo quase todos os profissionais do ensino não superior.
No início da semana passada, os mesmos professores e funcionários começaram a receber a convocatória para o “grande exercício” de vacinação contra a covid-19, como lhe chamou o ministro da Educação, que estava previsto para o passado fim de semana.
Os planos foram, no entanto, adiados pela decisão da Direção-Geral da Saúde (DGS) de recomendar a administração da vacina da AstraZeneca contra a covid-19 em pessoas acima dos 60 anos de idade. As novas restrições na utilização da vacina inicialmente destinada aos profissionais do ensino obrigou, então, a atrasar uma semana o processo.
Já na altura, na véspera de conhecerem a decisão da DGS, os diretores escolares e sindicatos davam conta de uma vontade generalizada entre os profissionais para serem vacinados, apesar de alguma insegurança motivada pela polémica em torno da AstraZeneca.
Essa vontade volta a confirmar-se uma semana depois e agora com uma vacina diferente, apesar de a task-force não confirmar qual será administrada, afirmando apenas que serão “as vacinas disponíveis e elegíveis no momento”.
Entre os docentes e não docentes que já foram contactados, a grande maioria (89%, o equivalente a cerca de 166 mil) confirmou o agendamento. Por outro lado, cerca de 3% dos profissionais responderam que não vão ser vacinados para já.
“Estas respostas são referentes ao agendamento proposto e não ao ato de vacinação e podem ser causadas por diversos motivos, como a indisponibilidade na data proposta”, refere a task-force em resposta enviada à Lusa.
De acordo com a mesma fonte, “as pessoas que recusarem o agendamento, nesta altura de maior escassez de vacinas, voltarão a ser contactadas num período posterior, em que exista maior disponibilidade de vacinas”.
O processo vai ser acompanhado pelo ministro da Educação, Tiago Brandão Rodrigues, que vai estar no pavilhão municipal Rita Borralho, da escola EB 2/3 Cardoso Lopes, na Amadora, com a ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, Ana Mendes Godinho, e os secretários de Estado da Educação, Inês Ramires, e da Saúde, Diogo Serras Lopes.
O primeiro exercício de vacinação do pessoal das escolas decorreu no fim de semana de 27 e 28 de março, em que foram vacinados mais de 60 mil professores e não docentes do ensino pré-escolar e do 1.º ciclo do ensino público e privado.
Na altura, alguns profissionais não tiveram a oportunidade de ser vacinados, mas foram posteriormente identificados e incluídos nas listas para o sábado e domingo.
Professores que não foram chamados vão sê-lo esta semana
Os professores e funcionários das escolas que não foram incluídos no processo de vacinação contra a covid-19 devido a uma falha vão sê-lo “a partir desta semana”, garantiu o coordenador da task force do plano de vacinação.
“Ninguém está esquecido. Se houve professores e auxiliares que não foram incluídos por falha de processo, serão novamente incluídos dentro do processo de vacinação normal e com a mesma prioridade que têm agora”, disse o vice-almirante Henrique Gouveia e Melo no final de uma visita ao centro de vacinação de Gondomar, no distrito do Porto.
Esses serão convocados “já a partir desta semana”, vincou.
Já sobre o facto de os professores do ensino superior não terem sido incluídos no processo de vacinação a decorrer este fim de semana, o coordenador da task force disse apenas que “foi assim decidido”.
“Foi decidido o ensino superior não ser vacinado nesta fase, logo só respondo pelo que foi decidido vacinar, que foram os professores até ao ensino secundário”, frisou.
ZAP // Lusa
Coronavírus / Covid-19
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