A arma que a Ucrânia mais desejava já chegou. “Terror” para a Rússia?

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Vladimir Putin desvaloriza a chegada dos mísseis de longo alcance. Mas os ATACMS eram o maior “desejo escondido” do exército ucraniano.

Os Estados Unidos da América cederam ao à Ucrânia mísseis ATACMS Army Tactical Missile System.

Traduzindo, são mísseis de longo alcance, chegam aos 165 quilómetros, e a ideia é atingir as bases recuadas russas.

Volodymyr Zelenskyy, presidente da Ucrânia, já confirmou a chegada (discreta, quase secreta) dos mísseis, que já foram utilizados “com sucesso”: terão sido utilizados no ataque a duas bases aéreas em território ucraniano ocupado pela Rússia.

Vladimir Putin, presidente da Rússia, desvaloriza esta novidade: “Não vão alterar radicalmente a situação na linha de contacto, é impossível. Para a Ucrânia não representa nada de bom. A agonia será prolongada”.

O El Confidencial – entre outros jornais de diversos países – tem uma antevisão diferente da do presidente russo: estes mísseis vão ser o “terror da retaguarda russa”.

O exército ucraniano não o dizia publicamente mas estes mísseis eram uma espécie de desejo escondido. Há meses. Eram a arma mais desejada – mais do que os tanques modernos ou os famosos caças F-16.

Porque os ATACMS são mísseis, além do alcance, com grande precisão e poder destrutivo. E são difíceis de interceptar.

Os objectivos do exército ucraniano podem mudar a partir de agora.

A escala já começou a mudar: o primeiro ataque, aos dois aeródromos russos, pode ter sido o mais devastador para a Força Aérea da Rússia, desde que a guerra na Ucrânia começou.

Os mísseis marcam a diferença no conflito e os especialistas militares acreditam que a Rússia terá de mudar muita coisa na sua defesa.

Putin referiu outro aspecto importante: “Isto demonstra que os EUA estão cada vez mais envolvidos neste conflito“.

Os ATACMS, devido à sua capacidade e às eventuais consequências para civis, são proibidos em muitos países. Nos EUA não.

E, ao ceder estes mísseis, a Casa Branca parece ter ultrapassado mais uma “linha vermelha” nas relações com o Kremlin.

No momento da cedência dos mísseis – não se sabe quantos, estima-se que tenham sido apenas 20 – os EUA terão exigido à Ucrânia que a nova arma não fosse utilizada em solo russo.

Mesmo assim, o Governo da Rússia tem uma lista cada vez maior de “provocações” dos EUA. Está a anotar todas.

ZAP //

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4 Comments

  1. A Industria do armamento , é a única a não se queixar ou a sofrer com a crise Economica . O Negocio da Morte sempre foi ao longo dos Séculos muito rentável ! ……… De “Humanos” nada temos !

  2. Desde os primordios da humanidade somos assim, faz parte na natureza humana destruir tudo. Sempre houve guerras, armas e carnificina. Nunca ira deixar de existir guerra e a morte. Por isso sempre disse e continuarei a dizer mesmo contra mim, o ser humano é a pior praga existente na terra.

  3. Tenho 80 anos e penso como Alexandre. E o mais incrível é que a besta humana habita um planeta lindíssimo que vai destruindo dia a dia.
    António Pereira

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