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Só mil pessoas em Meca. Peregrinos serão testados e cumprirão quarentena após o ritual

A Arábia Saudita vai autorizar apenas cerca de mil pessoas que vivam no seu território a realizar este ano a grande peregrinação a Meca, anunciou esta terça-feira o ministro do ‘hajj’.

Mohammed Benten, que falava numa conferência de imprensa após Riade ter anunciado a limitação do número de peregrinos devido à pandemia de covid-19, precisou que “o número de peregrinos será de cerca de mil, um pouco menos, um pouco mais”.

A peregrinação prevista para finais de julho também estará limitada a fiéis com menos de 65 anos e sem doenças crónicas, indicou o ministro da Saúde, Tawfik al-Rabiah, ao lado do ministro da Peregrinação.

Os candidatos à peregrinação serão testados para garantir que não estão infetados com o novo coronavírus antes da sua chegada à cidade santa de Meca e devem respeitar uma quarentena após o fim do ritual, adiantou.

A Arábia Saudita decidiu na segunda-feira manter neste ano de pandemia a peregrinação a Meca, um dos cinco pilares do islão, mas com um “número muito limitado” de fiéis.

Apenas as pessoas que já se encontram no país, sejam ou não cidadãos, poderão realizar o ‘hajj’, indicou a agência oficial SPA. Em março Riade tinha suspendido a ‘umra’, a peregrinação menor, que pode ser realizada durante o ano inteiro. A Arábia Saudita também impôs um recolher obrigatório de 24 horas em Meca durante quase três meses e teve as mesquitas fechadas durante o mês do Ramadão.

O ‘hajj’, a peregrinação maior, é uma das mais importantes concentrações religiosas no mundo, que em 2019 juntou 2,5 milhões de muçulmanos, segundo os números do ministério encarregado de a organizar.

Mas a pandemia “continua a acelerar” em todo o mundo, indicou na segunda-feira a OMS. É o caso precisamente da Arábia Saudita, que tem uma das maiores taxas de infeção no Médio Oriente, contando com 161 mil casos, incluindo 1.307 mortos.

A pandemia de covid-19, transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro em Wuhan (China), já provocou mais de 469 mil mortos e infetou mais de 9 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo um balanço da France Presse.

// Lusa

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