Os sistemas de defesa antiaérea da Arábia Saudita intercetaram sete mísseis lançados pelos rebeldes hutis do Iémen no noroeste da capital saudita, segundo a coligação árabe liderada por Riad, que informou que os estilhaços de um dos morteiros destruídos causou a morte de um residente egípcio.
O incidente aconteceu no domingo, dia que marca três anos do início da intervenção da coligação liderada pelos sauditas na guerra do Iémen, segundo o Expresso.
Segundo o porta-voz da coligação, Turki al Maliki, que responsabilizou o Irão pelo ataque, três dos projéteis dirigiam-se a Riad, um a Khamis Mashit, na província de Asir, outro a Nachran e dois a Yazan.
Os rebeldes iemenitas já assumiram a autoria dos ataques, dizendo que um dos mísseis tinha como alvo o aeroporto internacional de Riade.
De acordo com Al Malki, os foguetes foram lançados “aleatoriamente contra áreas civis e povoadas”.
“Esta ação inimiga e aleatória por parte do grupo dos hutis apoiados pelo Irão demonstra a continuação do apoio do regime iraniano à associação armada dos hutis, com o objetivo de ameaçar a segurança do reino saudita e a segurança da região e internacional”, ressaltou o porta-voz militar.
“O que as milícias hutis fizeram representa um perigoso desenvolvimento da guerra das organizações terroristas e dos países que patrocinam o terrorismo, como o regime iraniano”, concluiu.
O ataque coincide com o terceiro aniversário da intervenção da coligação árabe liderada pela Arábia Saudita na guerra do Iémen, que generalizou o conflito e provocou a pior crise humanitária do mundo no ano passado.
Nos últimos meses, o lançamento de mísseis por parte dos rebeldes contra o território saudita tornou-se uma prática habitual, mas foram poucas as ocasiões em que os projéteis chegaram até Riad.
A Arábia Saudita culpa o Irão pelas ações dos hutis, acusando o país de ameaçar a segurança nacional saudita e de apoiar grupos xiitas armados na região.
// EFE