Os relatórios preliminares do Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge (INSA) indicam que “o ar é considerado limpo” no Hospital de Santa Maria, em Lisboa, apesar da existência de amianto.
De acordo com uma informação enviada à Lusa pelo hospital, nos relatórios preliminares do INSA, “apesar de se ter confirmado a existência de amianto, as concentrações obtidas de fibras respiráveis no ar foram, em todos os locais, inferiores a 0,01 fibra/cm3, ou seja, o ar é considerado limpo”. Nos relatórios, recomenda-se, contudo, que “os ocupantes das salas devem ser informados de que estes materiais não podem ser agredidos [danificados]”.
Na quinta-feira, o Centro Hospitalar Universitário de Lisboa Norte (CHULN) informou que está a fazer um “levantamento exaustivo” de locais no Hospital de Santa Maria com presença de amianto que necessitem de intervenção.
Segundo uma notícia avançada pelo jornal Correio da Manhã, várias salas do serviço de neurologia do Hospital Santa Maria foram encerradas na quarta-feira depois de uma investigação do jornal ter denunciado, na segunda-feira, que os funcionários e doentes desta unidade estão em risco devido à elevada exposição a fibras cancerígenas.
O Correio da Manhã referia ainda que a sala do secretariado do serviço de neurologia é um dos casos mais graves detetados, adiantando que os funcionários deste espaço trabalhavam a escassos centímetros de canalizações que libertam fibras cancerígenas.
Contactado pela Lusa, o Centro Hospitalar Universitário de Lisboa Norte afirmou na quinta-feira que “intervencionou de forma rápida o gabinete identificado na Neurocirurgia e tem em curso um levantamento exaustivo de outros pontos onde essa intervenção seja necessária”.
“A proteção colocada no tubo em causa garante toda a segurança do ambiente de trabalho e a obra no gabinete já está concluída, não existindo qualquer outra sala encerrada”, garantiu o centro hospitalar em resposta escrita enviada à Lusa.
Esta sexta-feira, fonte do Hospital de Santa Maria adiantou à Lusa que, “além da intervenção já feita, do encapsulamento dos tubos em causa, está prevista uma intervenção adicional com a colocação de uma cobertura metálica e avisos aos funcionários, dado que a zona em causa é exclusivamente usada por funcionários.
// Lusa