A Assembleia da República renovou esta sexta-feira, com os votos favoráveis do PS, PSD e da deputada não inscrita Cristina Rodrigues, o estado de emergência para permitir medidas de contenção da covid-19.
Votaram contra PCP, PEV, Chega e Iniciativa Liberal. Abstiveram-se Bloco de Esquerda, PAN, CDS e a deputada não inscrita Joacine Katar Moreira.
O decreto agora aprovado renova o estado de emergência por 15 dias, mas sinaliza já outro prolongamento, até 7 de janeiro, permitindo assim ao Governo adotar medidas abrangendo o Natal e Ano Novo.
PS e PSD voltaram a manifestar-se a favor do projeto de decreto presidencial para prorrogação do estado de emergência, agora até ao próximo dia 23, embora os sociais-democratas tenham feito críticas à atuação do Governo.
Estas posições das duas maiores bancadas parlamentares – ambas em defesa dos resultados das medidas tomadas para a contenção da covid-19, com o país em estado de emergência – foram transmitidas pela vice-presidente da bancada socialista, Constança Urbano de Sousa, e pela deputada do PSD Mónica Quintela.
Pela parte da bancada do PS, a antiga ministra Constança Urbano de Sousa defendeu que as medidas duras adotadas ao abrigo do estado de emergência “contribuíram para melhorar os indicadores da evolução da epidemia, em especial o risco de transmissão da doença, que regista uma tendência de descida”.
“Apesar de os dados serem mais animadores, a vacina estar mais próxima e já termos, desde quinta-feira, um plano de vacinação, não nos deixemos iludir. A situação pandémica é ainda grave e não podemos agora baixar a guarda e deitar tudo a perder, pois todos os dias continuam, infelizmente, a morrer pessoas vítimas deste vírus terrível”.
Constança Urbano de Sousa referiu depois que, “mesmo que a Agência Europeia do Medicamento autorize este mês uma vacina eficaz e segura, o processo de vacinação de toda uma população ou grande parte dela é muito complexo, faseado e nunca poderá ser realizado em poucas semanas ou poucos meses”.
“Vamos, assim, continuar a precisar de medidas de segurança e de restringir os nossos contactos ao estritamente necessário, para vencer esta pandemia. Também por isso precisamos de renovar o estado de emergência, para permitir ao Governo manter e adotar medidas que contribuam para evitar a propagação do vírus, salvar vidas e ao mesmo tempo não matar a nossa economia, à semelhança do que os outros países europeus estão a fazer”, frisou a vice-presidente do Grupo Parlamentar do PS.
Governo passou o verão como a cigarra, diz o PSD
Já pela parte do PSD, Mónica Quintela disse que o seu partido, “com o sentido de Estado”, manterá “uma postura de colaboração, tendo como primeiro e último escopo, sempre, o interesse nacional”.
“Não nos pautamos por conveniências circunstanciais e aproveitamentos das manifestas e múltiplas falhas que o Governo tem tido, porque esse tipo de condutas, em plena situação de calamidade pública, é prejudicial aos interesses dos portugueses”, frisou.
No entanto, a deputada e advogada de Coimbra criticou logo a seguir o Governo por ter “passado o verão como a cigarra, sem cuidar de preparar, como era a sua obrigação, a segunda vaga”.
“Assim como censuramos a falta de articulação entre os ministérios da Segurança Social e da Saúde e que tem sido a causa do flagelo que tem assolado os lares onde residem tantos idosos. E não consigo calar a inaceitável falta de assistência dos doentes não covid-19 no Serviço Nacional de Saúde (SNS)”, afirmou Mónica Quintela
Neste ponto, a deputada social-democrata advertiu mesmo que a atual “necessidade premente de salvar vidas não se compadece com cedências a preconceitos ideológicos de ex e ainda parceiros do Governo e demanda o recurso aos setores privado e social, em conjugação de esforços com o SNS”.
“Continuando na critica construtiva, fica também o vivo reparo à falta das prometidas vacinas da gripe que a ministra da Saúde [Marta Temido] afirmou que não iriam faltar e cujo resultado está à vista. O Governo não foi prudente nem previdente porque era mais que óbvio que, por causa da pandemia, a esmagadora maioria da população ia precisar da vacina”, acrescentou.
ZAP // Lusa
Tudo na mesma e a malta pergunta para que serve o estado de emergência e o uso compulsivo da máscara se tudo continua na mesma.
Aliás a vacina vai ser administrada calmamente durante todo o próximo ano e nem obrigatória vai ser portanto a malta pergunta afinal é grave ou não é grave? Mesmo depois de implementada a vacina a máscara e os confinamentos vão continuar e portanto tudo na mesma.
Estamos perante um novo modo de vida que veio para ficar e que mais não serve do que alimentar esse grande lobby chamado Covid-19 ao serviço das grandes empresas do mundo da saúde!