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Apoios a microempresas esgotaram. Governo pondera criar uma nova linha

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Tiago Petinga / Lusa

O ministro do Planeamento, Nelson de Souza.

Depois dos apoios às microempresas através do programa Adaptar terem esgotado, o Governo pondera criar uma nova linha de apoio financeiro a estas empresas.

O presidente do IAPMEI, Nuno Mangas, confirmou esta terça-feira que os apoios aos microempresários no âmbito do programa Adaptar, no montante de 50 milhões de euros, lançados a 15 de março estão esgotados, não estando previsto reforço de verbas.

“Não tenho informação que vá haver reforço da componente das microempresas”, disse o responsável, que falava esta terça-feira na Comissão de Economia, Inovação, Obras Públicas e Habitação, onde foi ouvido a pedido do grupo parlamentar do PS.

No entanto, o jornal Público escreve esta quarta-feira que o Governo está a ponderar criar uma nova linha de apoios às microempresas. O ministro do planeamento, Nelson de Souza, disse que só no fim do atual processo é que o Governo vai reavaliar se abre, ou não, um novo concurso para atribuir apoios a estas empresas.

“Lançamos esta iniciativa com um formato determinado, e sabíamos ao que íamos. Quisemos formatar um programa que pudesse responder às necessidades com um formato simplificado e de resposta rápida. Deixamos bem claro o montante disponível. E na regulamentação deixamos claro que não íamos ficar com candidaturas para as quais não havia recursos previstos, por isso ficou desde logo previsto o mecanismo de suspensão“, explicou o governante.

Atualmente há 17 mil candidaturas que vão ser analisadas no âmbito da linha Adaptar, em que estão englobados 60 mil trabalhadores.

De acordo com os dados divulgados pelo presidente do IAPMEI, já foram aprovados 13,6 milhões de euros em apoios no âmbito do programa Adaptar para microempresas, o correspondente ao apoio a 4.419 empresas e os montantes já inclusivamente começaram a ser pagos na segunda-feira.

O IAPMEI recebeu um total de 12.930 candidaturas ao programa dirigido às microempresas (até 10 trabalhadores) e que contempla um apoio em 80% a fundo perdido para despesas entre os 500 e os 5.000 euros, sendo elegíveis as realizadas desde 18 de março, data da declaração do estado de emergência.

ZAP // Lusa

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