António Costa tem “ódio de estimação” pelos professores, diz Fenprof

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Rodrigo Antunes / Lusa

O secretário-geral da Fenprof acusou esta terça-feira António Costa de ter um “ódio de estimação” pelos docentes e de ter dado, na segunda-feira, “razões acrescidas aos professores para continuarem a lutar” pela recuperação do tempo de serviço.

Mário Nogueira reagia às declarações do primeiro-ministro que, na segunda-feira à noite em entrevista à CNN e TVI, voltou a recusar a recuperação integral do tempo de serviço congelado (faltam seis anos, seis meses e 23 dias de serviço congelado).

“O Dr. António Costa deu razões acrescidas para continuar a lutar”, afirmou o dirigente da Federação Nacional dos Professores (Fenprof), que hoje participou num protesto junto à residência oficial do primeiro-ministro, onde a plataforma de nove estruturas sindicais deixou uma moção exigindo medidas como a recuperação integral do tempo de serviço.

O líder da Fenprof acusou o primeiro-ministro de “não ter dito a verdade”, lembrando que a maioria das carreiras da função pública conseguiu ver todo o tempo de serviço recuperado e, dentro da própria classe docente, existem desigualdades, uma vez que os professores das ilhas dos Açores e da Madeira também conseguiram ver todo o tempo de serviço contabilizado.

Mário Nogueira lembrou ainda que o custo da medida é hoje muito inferior aos valores avançados há cerca de cinco anos, quando o parlamento se preparava para aprovar a recuperação integral do tempo de serviço, que não passou devido à oposição dos deputados do PS e PSD.

Para o dirigente sindical, o primeiro-ministro “tem um ódio de estimação aos professores”, que vão continuar a lutar pela contabilização dos dias que trabalharam.

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, vetou no final de julho o diploma sobre os professores por fechar a porta à recuperação do tempo de serviço congelado. A proposta do PSD é que esse tempo seja recuperado em cinco anos.

Recorde-se que, passado meio mês do início do ano letivo, há ainda milhares de alunos sem professores.

ZAP // Lusa

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6 Comments

  1. Tem ódio de estimação aos professores sim senhor. Não se compreende como um PM que está há 8 anos no governo não resolve esta situação . Os governantes resolveram manter o impasse e aceitar negociações que nada resolveram mantendo com os sindicatos posições inflexíveis . Para fazer frente à posição de força do governo os professores recorreram às greves manifestando o seu descontentamento, desrespeito e desvalorização a que têm sido votados . O novo ano está no começo e novas greves repetem-se . Caso o governo não ponha fim a esta injustiça , mais protestos e mais greves se farão até que a sua voz seja ouvida . Se o Psd consegue apresentar formas de resolução porque é que este Governo não olha de frente para este caso . O argumento referente a outros funcionários públicos já foi em tempos resolvido senhor PM e não serve de argumento para fazer crer perante quem o ouve que não pode resolver esta situação de injustiça dos professores . Uma grande injustiça para quem descontou e trabalhou ter em falta 6A 6M e 23 dias , bem como a lentidão propositada na progressão das carreiras.

  2. É preciso obrigar todos os funcionários do Ensino Público desde o topo até à base da cadeia hierárquica (Professores, Assistentes, e restantes Funcionários), a declarar se colaboraram/pertenceram ou se colaboram/pertencem à Maçonaria ou a outras sociedades secretas (Jesuítas, Opus Dei, etc.), depois de identificados terão de sair, os despedimentos têm de ser implementados, e proibir os sindicatos e a actividade sindical no Ensino Público.

  3. Até o Presidente da República disse que o Costa era mau aluno! Poderá estar aí a explicação, pois que os alunos cábulas e/ou mal comportados tendem a culpar os professores pelo seu insucesso.

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