Antígua e Barbuda. Primeiro-ministro quer referendo à monarquia até 2025

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O primeiro-ministro de Antígua e Barbuda, Gaston Browne

O primeiro-ministro de Antígua e Barbuda, Gaston Browne, prometeu convocar, no espaço de três anos, um referendo sobre a transição para uma república, após a morte da rainha Isabel II.

No sábado, Browne assinou um documento confirmando o estatuto do novo rei britânico, Carlos III, como o novo chefe de Estado do arquipélago das Caraíbas. Assegurou, contudo, que vai trabalhar para um referendo à transição para uma república, como tinha referido no início do ano, durante uma visita do príncipe William.

“Este não é um ato de hostilidade nem um qualquer diferendo entre Antígua e Barbuda e a monarquia, mas sim o passo final para completar esse círculo de independência, para garantir que somos verdadeiramente uma nação soberana”, disse Browne à televisão britânica ITV.

Questionado sobre um prazo para o referendo, o primeiro-ministro disse que “provavelmente” irá acontecer “nos próximos três anos”. As ilhas, que se tornaram independentes em 1981, vão a eleições gerais em 2023, pelo que um referendo deverá acontecer durante a nova legislatura.

A rainha Isabel II morreu aos 96 anos no Castelo de Balmoral, na Escócia, após mais de 70 anos do mais longo reinado da história do Reino Unido. Após a morte da monarca, o seu filho primogénito, Carlos III, de 73 anos, foi no sábado proclamado oficialmente novo rei do Reino Unido e 14 países da Commonwealth.

Entre estes países, também o Belize e a Jamaica já tinham este ano demonstrado vontade em iniciar a transição para o regime republicano. Em novembro, outro arquipélago das Caraíbas, Barbados, tornou-se uma república, pondo fim a 55 anos de monarquia constitucional, com a rainha Isabel II como chefe de Estado.

ZAP // Lusa

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