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Angola pede assistência financeira ao FMI

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Ricardo Stuckert / ABr

O Presidente de Angola, José Eduardo dos Santos

O Presidente de Angola, José Eduardo dos Santos

O Fundo Monetário Internacional anunciou esta quarta-feira que Angola solicitou um programa de assistência para os próximos três anos, cujos termos serão debatidos nas reuniões de Primavera, em Washington, e numa visita ao país.

Num curto comunicado assinado pelo subdiretor geral do FMI, Min Zhu, o Fundo informa ter recebido “um pedido formal das autoridades angolanas para que sejam iniciadas discussões sobre um programa económico que possa ser apoiado pela assistência financeira do FMI”.

O texto explica que “a descida acentuada dos preços do petróleo desde meados de 2014 representa um grande desafio para os exportadores de petróleo, sobretudo aqueles cujas economias ainda precisam de se tornar mais diversificadas”.

O FMI, acrescenta o comunicado, “está pronto para auxiliar Angola a abordar os desafios económicos que o país enfrenta, através do apoio a um pacote completo de políticas para acelerar a diversificação da economia, salvaguardando, em simultâneo, a estabilidade macroeconómica e financeira”.

As discussões devem ser iniciadas durante as “Reuniões de Primavera em Washington e numa visita a Angola em data próxima, para tratar de um programa económico que possa ser apoiado por um acordo de três anos ao abrigo Programa de Financiamento Ampliado (EFF, na sigla em inglês)”.

O Ministério das Finanças de Angola justificou o pedido de ajuda externa ao FMI com a necessidade de aplicar políticas macroeconómicas e reformas estruturais que diversifiquem a economia e respondam às necessidades financeiras do país.

“Com o objetivo de desenhar políticas macroeconómicas e reformas que restaurem o crescimento económico forte e sustentável, de fortalecer a moldura institucional que suporta as políticas económicas, de lidar com as necessidades da balança de pagamento, e manter um nível adequado de reservas internacionais, o Governo pediu o apoio do FMI para complementar a atempada resposta ao declínio dos preços do petróleo”, lê-se num comunicado da tutela angolana entitulado “Angola está empenhada na diversificação económica com o apoio do FMI”.

O documento não especifica o valor da assistência financeira, centrando-se num conjunto de compromissos políticos que passam pelo aumento da transparência das contas públicas, maior diversificação económica e pela promessa de um reforço da aposta nas áreas da agricultura, pescas, minas, educação, serviços financeiros, água, serviços básicos e saúde.

Bom Dia

5 Comments

  1. Que escumalha!…
    Roubam/roubaram todas as riquezas do país para o clã do presidente (onde se inclui a mulher mais rica do mundo – a isabelinha), condenam jovens por discutirem a democracia, e, agora vão pedir ajuda ao FMI!…
    É mau demais…

  2. Realmente é inacreditável. Como isto é possível? Eu começo a pensar que esta ESCUMALHA cada vez é mais e mais forte. Não para…. Essa otaria a comprar tudo á bruta a mando do Papá e ainda tem o desplante de pedir ajuda…. Dassssss

  3. Vergonhoso e escandaloso o que o (des)governo Angolano, está a solicitar ao FMI. Um pais, onde todos os aliados do Presidente, roubam e são presenteados com fortunas, resultantes dos negócios de diamantes e do petróleo. Impera a corrupção e a ladroagem, ao ponto de terem mais generais e coronéis todos coniventes com o sistema, virem pedir a intervenção do FMI.
    Certamente se retirarem das suas fortunas em offshores, um pouco a cada um, jamais necessitarão da ajuda exterior.
    Deveriam destituir toda a maralha que governa o pais e entregar a entidades competentes externas, que logo haverá para todos os Angolanos e sobrará.

  4. Afinal os comunas quando estoiram toda a riqueza de um país e neste caso até estamos perante um país rico em reservas naturais, também se vão aviar na mesma loja dos país a que eles intitulam de capitalistas, mais uma prova de que o capital não tem ideologia politica e de que a comunada não são nada alérgicos a ele, bem pelo contrário.

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