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Angela Merkel visita Moscovo e Kiev para se reunir com Putin e Zelenski

indeedous / Flickr

A chanceler alemã Angela Merkel

A chanceler alemã, Angela Merkel, desloca-se na próxima semana a Moscovo e a Kiev, onde deverá reunir-se com os presidentes da Rússia, Vladimir Putin, e da Ucrânia, Volodymir Zelenski, anunciou hoje o seu Governo.

A líder alemã deverá chegar a Moscovo na sexta-feira, 20 de agosto, e viajará para Kiev no domingo, disse o porta-voz do Governo, Steffen Seibert, citado pela agência EFE.

O porta-voz não deu mais pormenores da visita, referindo apenas que Angela Merkel espera encontrar-se nos dois países com os respetivos presidentes.

“Daremos detalhes do seu programa no início da próxima semana”, prometeu o porta-voz numa conferência de imprensa regular, segundo a agência France-Presse (AFP).

A visita ocorrerá semanas antes das eleições parlamentares alemãs de 26 de setembro, após as quais Angela Merkel se demitirá depois de 16 anos no poder.

A chanceler alemã visitou Moscovo pela última vez em janeiro de 2020, antes da pandemia de covid-19.

A viagem de Merkel tem como pano de fundo as tensões entre a Ucrânia e a Rússia, bem como o planeado gasoduto Nord-Stream 2.

A Alemanha é um dos principais apoiantes da Ucrânia na crise que opõe o país à Rússia, marcada pela anexação da Crimeia em 2014, e por uma guerra com separatistas pró-russos no Leste, que matou 13.000 pessoas.

A visita de Merkel visa também tranquilizar Kiev sobre a construção do gasoduto Nord Stream 2, disse um porta-voz da presidência ucraniana, citado pela AFP.

Na sequência de um acordo em julho, entre a Alemanha e os Estados Unidos, este gasoduto deverá ser concluído em breve e transportará gás russo para a Europa contornando a Ucrânia, o que representa perdas financeiras significativas para Kiev.

Merkel sempre defendeu a necessidade de manter o diálogo com Moscovo, mesmo em momentos de tensão bilateral ou multilateral, tendo em conta o papel estratégico da Rússia nos grandes conflitos internacionais, como a Síria ou o Afeganistão.

// Lusa

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