Moção de censura “anedótica”? Chega pediu fim deste Governo (mas não o vai ter)

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Rodrigo Antunes / Lusa

O líder do Chega, André Ventura.

“Desta vez é o próprio primeiro-ministro quem mancha a reputação e a imagem do país” e executivo deve demitir-se, diz o Chega. Ministro dos Assuntos Parlamentares achou a moção de censura “anedótica”.

O Chega entregou esta terça-feira no parlamento a já prometida moção de censura ao XXIV Governo Constitucional por considerar que recaem sobre o primeiro-ministro, Luís Montenegro, “suspeitas gravíssimas de incompatibilidade” no exercício de funções públicas.

Na moção de censura — intitulada “Pelo fim de um Governo sem integridade, liderado por um primeiro-ministro sob suspeita grave” — o Chega argumenta que está em causa um “cenário de total e generalizada descredibilização do Governo e do primeiro-ministro” que deve resultar na demissão do executivo minoritário PSD/CDS-PP.

“Se até aqui os problemas surgiam pela mão de governantes diversos, desta vez é o próprio primeiro-ministro quem mancha a reputação e a imagem do país, tanto interna, como externamente”, escreve o partido, argumentando que, em causa, estão “suspeitas gravíssimas de incompatibilidade no exercício de funções públicas”.

Na moção, o partido escreve que “esta explicação nunca foi dada, nem detalhados os dados importantes da situação relativos, por exemplo, aos clientes daquela empresa, a natureza das atividades desempenhadas ou a respetiva faturação”.

André Ventura ameaçara no domingo avançar com a moção de censura ao Governo caso o primeiro-ministro continuasse sem dar explicações até ao final do dia sobre a empresa de compra e venda de imóveis da mulher e dos filhos, o que hoje concretizou, às 12:00, na Assembleia da República.

Montenegro foi fundador e gerente da Spinumviva, da qual já não é sócio desde junho de 2022, um mês após ter sido eleito presidente do PSD, mas é casado em comunhão de adquiridos com a esposa, sendo também um potencial beneficiário dos eventuais lucros obtidos pela empresa.

O ministro dos Assuntos Parlamentares classificou a moção de censura apresentada como “anedótica” e acusou o líder do PS de estar numa “deriva populista” e de ter um discurso semelhante ao de André Ventura.

“O partido Chega, acossado com os seus problemas internos, para tentar desviar as atenções, apresenta uma moção de censura anedótica”, acusou, criticando ainda o secretário-geral do PS, apesar de Pedro Nuno Santos ter já assegurado que chumbaria esta iniciativa.

Vamos espremer aquilo que é dito pelo líder do PS e é basicamente quase o mesmo que é dito pelo líder do Chega. Há uma espécie de corrida, de deriva populista a que não resiste, até no tom extremado e zangado”, apontou.

Esta terça-feira, Pedro Nuno voltou a falar do caso da empresa da mulher e filhos do primeiro-ministro, dizendo que é “muito semelhante” ao que levou à demissão de Hernâni Dias.

ZAP // Lusa

2 Comments

    • Malucos são os PSD´s, adanrem a “brincar” com o expediente Juridico (Leis, Despachos, etc) em proveito /beneficio porpios ou da “clientela”, e isso já vem do tempo da Caveira da Selva.
      Sabe uma coisa, essa gente do PSD é SELVAGEM, gente que “Não Ama os outros como a sispropiros”, são gente que vive só para si, os outros ou Estado são veiculos para conseguirem os seus objectivos.
      Gente bem falada, e bem apresentada, mas não deixam de ser os mais miseraveis que existe à face da Teera. O exemplo dos Terrenos Agricolas Herdados com a respectiva Lei, mais os Vistos Gold são demonstraçoes disso mesmo,
      Depois temos o Caos na Habitação, provocado pelo Passos de Coelhom e continuado agora com este Monte Negro, os resultado é milhares de agregados familiares em apuras, outra prova que lhes é INDIFERENTE os OUTROS!
      Essa gente não e Humana, são bichos parecidos com os Humanos.
      Disse o Altissimo: “Não vos conheço, não sei quem sois, não sei de onde veem”” É essa corja de animais que tomaram conta do Pais

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