Tiago Petinga/LUSA
André Ventura e Diogo Pacheco de Amorim em conferência do Chega
O que Marcelo Rebelo de Sousa disse (mesmo) à comitiva do Chega, sobre o próximo Governo? Versões do partido são diferentes.
Está criada uma divergência interna sobre o que Marcelo Rebelo de Sousa disse à comitiva do Chega, sobre o próximo Governo.
O presidente da República teve encontros com representantes de todos os partidos/coligações que têm pelo menos um deputado na Assembleia da República.
Na segunda-feira foi a vez do Chega e, à saída, André Ventura destacou o alegado desmentido do presidente da República sobre um artigo do jornal Expresso, onde se lê que Marcelo tudo fará para não ver o Chega no Governo.
“Posso dizer-vos que o senhor presidente da República desmentiu cabalmente e categoricamente que tivesse manifestado qualquer intenção de impedir que o Chega fizesse parte integrante ou liderante, ou de qualquer outra forma, do Governo da República”.
“E essa informação foi para nós relevante, uma vez que se trata obviamente do chefe de Estado e de alguém com quem temos mantido um diálogo corrente”.
“E, portanto, o senhor presidente desmentiu categoricamente a informação de que teria preferência para que o Chega não estivesse no Governo – e era particularmente importante sublinhar isso hoje”.
“Agradecemos-lhe a clareza em nome da direcção do Chega e do grupo parlamentar, porque era importante que o país não vivesse numa mentira de que o chefe de Estado estaria a querer boicotar a presença do Chega no Governo”.
Estas foram as palavras de André Ventura, no Palácio de Belém, logo depois do encontro com Marcelo Rebelo de Sousa.
Mas afinal…
…o que o presidente da República disse nesse encontro não foi isso.
A outra versão da história surge por outro deputado do Chega, que também esteve nessa reunião: Diogo Pacheco de Amorim.
O “número 2” do partido esteve na CNN Portugal dois dias depois e o seu relato foi diferente.
“O senhor presidente da República disse que não tinha sido a fonte do Expresso. Não disse mais nada. Nunca disse que se opunha ou deixava de se opôr (a um Governo com o Chega)”, contou.
Confrontada pela jornalista Ana Sofia Cardoso sobre esta contradição entre a sua versão e a versão do líder do partido, Pacheco de Amorim reagiu: “Podem-se ter feito extrapolações mas o que eu posso dizer – e eu estava lá – é que o senhor presidente da República disse que não tinha sido fonte do Expresso. Agora, daqui pode-se extrapolar o que se quiser”, completou.
E temos aqui bem condensado o que é o Chega, sobretudo no papel do seu líder.
André Ventura mentiu?
É mentira!
André Ventura não mente. Só não diz a verdade
Quem nunca diz a verdade não mente.
Expõe o produto de uma mente retorcida e patológicamente fantasiosa, mas não mente!
Não é, André e quejandos? Coitaaaado(s)!!!
Os eleitores do Chega acreditam na promessa “Acabar com a corrupção” (haverá alguma afirmação mais parola do que esta?), então, para eles, o o vice desmentir o grande líder Ventura é um problema do jornalismo.
Ao chega vai acontecer como desapareceu o partido da balança desaparece
Ventura,
Só para te lembrar que fica feio uma pessoa tão religiosa como tu (dá muitos votos…) mentir tanto, sabes que é pecado mentir, mas o problema é que acreditas nas tuas próprias mentiras e muitos dos teus cegos seguidores também, mas isso passa, o tempo vai encarregar-se de começarem a ver o tipo de pessoa que és.
Estes comentadores são os tristes chorosos da derrota. Quanto mais tentam denegrir mais ajudam a derrotar-se a si próprios.
Eu fico pasmada!
Então isto é mentir? No máximo chama-se extrapolar, mas eu entendo. O vocabulario dos nossos comentadores é fraquinho…!
O Dr. André Ventura não mentiu, interpretou ou extrapolou as palavras do Sr. Presidente da República que, ao reafirmar que nao tinha sido ele a fonte do jornal Expresso, nao teria sido ele a referir o conteúdo da notícia, e por isso, não era verdade o que o Jornal referia na mesma.
Ora isto não se chama mentir, meus caros!
Bem sei que os tubarões estão com os dentes afiados e a postos para um linchamento, mas isso serve apenas para mais do mesmo e para que não se conheçam os podres dos sucessivos governos do PS e PSD!!!
Bem, se não foi a fonte do expresso, efetivamente não o disse! Pode ter pensado… Este é um magnífico presidente da república das selfies com qualquer um, até bandidos…
Eu fico pasmado!
Mentir é mentir. Ponto! Chamar-lhe extrapolar é no mínimo uma extrapolação do dicionário.
Fico pasmado com a burrice, ou cegueira ideológica, do rebanho deste senhor.
Resta saber se esta VC é mesmo ceguinha e acredita no que está a escrever, ou se é mais um troll da quinta de cheganos que anda a fazer esse papel nas redes sociais.
Eu vi o programa e vi o Amorim a desmentir em direto o seu lider. Até senti vergonha alheia do embaraço do senhor quando foi apanhado. Lembrou-se de usar a palavra “extrapolar”.
Claro que agora o rebanho tocou a reunir. Há que passar a mensagem de que o seu líder não mente, “extrapola”. Saibam ou não o que quer dizer a palavra .
Há um recurso estilístico, muito usado na literatura e na política portuguesas, que se designa por “eufemismo” e que consiste em definir algo muito desagradável de uma forma mais “soft” ! É claro que dizer “extrapolar” é muito mais suave do que dizer “mentir”! Até o vice, sempre tão próximo dele, o desmente! Isto promete! Vão ser “eufemismos” ao pontapé!
Para André Ventura, só interessa o que se passa em volta do seu próprio umbigo. Está disposto a tudo para ter algum protagonismo. A responsabilidade parlamentar e os interesses nacionais são completamente secundários.
Os problemas fundamentais do país e dos cidadãos, criados ou agravados pelos últimos governos PS – saúde, educação, justiça e desenvolvimento econômico – não são, nunca foram, uma prioridade. Aliás, talvez nem tenha qualquer noção a esse respeito.
É degradante e lamentável a forma como está a gerir a confiança de tão grande número de Portugueses que, ingenuamente, acreditaram nele.