Ana Gomes, candidata à Presidência da República, espera “ter votos à direita”, assumindo ter uma candidatura “abrangente, da direita à esquerda do campo democrático”.
Em entrevista à TSF e ao Diário de Notícias, a candidata presidencial confirmou que tem “tido muitas pessoas e amigos, mas não só amigos, de direita” a afirmarem que “votarão” na sua candidatura.
“Tenho muita gente à direita que se revê na minha candidatura, e eu, naturalmente, não os quererei desapontar”, afirmou Ana Gomes. Apesar de ser socialista, Ana Gomes não reúne o apoio formal da direção do PS, tendo avançando de forma independente.
Em relação ao mandato de Marcelo Rebelo de Sousa, a antigo eurodeputada faz uma avaliação positiva, sobretudo por considerar que “contribuiu para a descrispação do país”. Contudo, mostra-se crítica quanto ao que chama de “políticas assistencialistas, caridadezinhas”, que não resolvem os problemas.
“O Presidente da República tem um papel fundamental para fazer funcionar as instituições, para assegurar a separação de poderes – para assegurar que o Governo governa na execução das políticas em benefício do bem comum de todos os portugueses”, defende.
A não recondução do presidente do Tribunal de Contas (TdC), Vítor Caldeira, também foi um tema presente nas entrevistas, com Ana Gomes a lamentar que a substituição aconteça “no contexto de crise gravíssima, da entrada de fundos substanciais para o país” e perante “apreensões não só quanto à capacidade de absorção, mas quanto aos fundos não serem malbaratados, desviados”.
“O Presidente da República, com a responsabilidade de garantir o bom funcionamento das instituições da República, não pode assinar de cruz”, atirou. “Num dia, não sabe quem é que lhe vai ser proposto e, no dia seguinte, assina de cruz e nomeia um outro responsável para o setor, quando o enquadramento é de grande preocupação do conjunto dos cidadãos.”
A candidata sublinhou ainda que, no seu entender, o Bloco Central é pior para a corrupção do que uma nova Geringonça, considerando que o entendimento para as direções das CCDR torna estas eleições “falsas”, com distribuições regionais já concertadas entre PS e PSD.
Esta concertação “é altamente preocupante e é demonstrativo de que as instituições não estão a funcionar regularmente”, salientou.
Também concordo. O campo democrático de Ana Gomes é do PSR, mais à esquerda, até ao PS, mais à direita. Por isso Ana Gomes diz que quer votos da direita, ou seja do PS! Todos os partidos para a direita do PS ou são de extrema direita ou fascistas e alguns até deveriam ser ilegalizados. No tempo de Salazar também se ilegalizavam os partidos de Ana Gomes. Qual é a diferença afinal?