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Norte-americanos não acham que numeração árabe deva ser ensinada nas escolas

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Mais de metade dos americanos que responderam a uma sondagem mostraram-se contra o facto de as escolas ensinarem a numeração árabe.

Os algarismos árabes são aqueles que usamos no nosso dia-a-dia, do 0 ao 9. É o sistema padrão em todo o mundo e existe há milhares de anos. No entanto, numa recente sondagem levada a cabo pela empresa de estudos de mercado Civic Science, 56% das 3.624 pessoas inquiridas disseram que a numeração árabe não deveria ser ensinada às crianças.

Não foi explicado aos inquiridos qual era este sistema de numeração, já que, de acordo com a revista Visão, o objetivo era explorar o preconceito dos americanos com a palavra “árabe”. A situação agrava-se quando se tem em conta a orientação política: 72% dos republicanos mostrou-se contra, em comparação com “apenas” 40% de democratas.

Apenas 29% dos americanos inquiridos disse que a numeração árabe deveria ser ensinada, enquanto 15% confessou não ter opinião.

Em 2015, a Civic Science também já tinha feito uma sondagem do género, na qual questionava os inquiridos se concordavam com o bombardeamento de Agrabah. Dos republicanos, 30% mostraram-se a favor. O problema é que esta é a cidade ficcional do filme da Disney, “Aladino“.

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55 Comments

  1. o que se espera dos americanos? nada
    eles ate acreditam que o leite achocolatado é de origem das vacas de cor castanhas, por isso nao me admira nada que sejam contra os numeros arabes, rssss

    • Os Americanos é que são os maus da fita? Então e os árabes terroristas? Devias levar com uma bomba nos cornos que era para aprenderes. Aposto que 90% dos Portugueses também não sabem isso. Além disso eu já li algures que os algarismos foram os Fenícios que inventaram. Estúpido.

      • Caro António, os fenícios foram os “inventores” do alfabeto, depois adaptado pelos gregos. Já o sistema de numeração que usamos tem origens indo-árabes.

      • ó António, não misture alhos com bugalhos. Que é que a numeração árabe tem que ver com o terrorismo?
        Mas já que fala em terroristas e a questão foi colocada nos USA, não os há lá? americanos de raiz? Há e são mais perigosos do que os árabes, matando chefes de nações e instalando o caos nos países que atacam, mantendo o mundo em constante desassossego.

      • em vez de dizer barbaridades devia ler primeiro as noticias e depois comentar caso quisesse.
        o sr e o presidente dos EUA bem se podem juntar e fazer um clube dos estupidos

  2. É espectacular falar dos outros… N há dúvidas que uma grande população dos EUA n tem acesso a boa educação mas se esse estudo fosse feito em Portugal achavam-no injusto e um atentado. Eu ainda gostava de se realmente somos assim tão melhores em média.

      • Caro “Eu!”, ele há mínimos. Como tal e apesar da esperteza que refere, convém ter alguma cultura… Sobretudo por os tipos de numeração romana e árabe serem aprendidos no Ensino Básico.

        • Como se os resultados fossem muito diferentes se fizessem o mesmo inquérito em Portugal ou no resto da Europa. Não nos vamos esquecer que 1/3 dos Europeus não sabem nada sobre o Holocausto.

          • Vamos ter que vos chamar a uma prova de certificação e o verdadeiro Eu tem que levar um chipe para que não hajam mais falsificações, ele tem todo o direito de reclamar o seu cognome, o seu a seu dono!

  3. Isto não passa duma rasteira suja. Eu também não sabia que os algarismos eram árabes. Se me perguntassem o mesmo eu respondia o mesmo. Se perguntassem aos árabes se queriam que se ensinasse nas escolas deles as letras europeias ou Americanas em vez dos gatafunhos deles, eles respondiam da mesma maneira e o Pablo tem razão. Vivam os Americanos.

  4. Como se os resultados fossem muito diferentes se fizessem o mesmo inquérito em Portugal ou no resto da Europa. Não nos vamos esquecer que 1/3 dos Europeus não sabem nada sobre o Holocausto.

  5. Hahaha, “Rasteira suja”.
    Olha outra rasteira suja, sem usar a calculadora, quanto é 5×8?
    Deixa de ser racista e ignorante….

  6. Com isto se conclui o verdadeiro e maior problema da democracia: o valor do voto ignorante ser idêntico ao do douto… como é que está gente pode votar no que quer que seja, quando nem o básico sabe? Não acho que seja melhor do que os outros, mas pelo menos procuro não avaliar o que ignoro e isso é o que a maioria infelizmente ainda não aprendeu a fazer…

    • Caro ND, a democracia é isso mesmo: aceitar que os votos de um e de outro tenham igual valor. Logo teremos de pôr dúvidas quanto ao valor e interesse desse e nesse sistema. Apesar deste meu ponto de vista, considero-me democrata.

    • Ignorância e preconceito demonstra você. Quantos Americanos conhece e onde é que já esteve nos EUA?

      Não tenha dúvidas que o povo Americano é bem mais tolerante e receptivo a outras culturas que o Europeu, certamente por via de ser um país fundado na base da Imigração.

      Vivo nos EUA. Já estive em vários Estados de Norte a Sul, Este a Oeste, e uma coisa pude constatar. Em tudo o que é empresa se encontram imigrantes em cargos de topo (C-level), das mais variadas nacionalidades. E não me refiro a filhos de imigrantes, refiro-me a imigrantes que chegaram aos EUA depois dos 20 anos, com sotaque bem carregado. Aponte-me lá quantos casos desses vê na Europa. Também há, mas não tem comparação.

      Aliás, o mesmo se verifica a todos os níveis nas empresas. É praticamente impossível não encontrar imigrantes onde quer que se vá.

      Apesar do que se vê nas notícias, não tenho dúvidas que há muitíssimo mais racismo e xenofobia na Europa, especialmente entre os países do Norte e Sul da Europa.

      • Desculpe: leu o meu comentário? Percebeu o que escrevi? É que de todo não parece!
        Em todo o caso, na verdade, até nem tenho os EUA em grande conta.
        Mas isso é secundário: o sr. fala de tolerância?!?!
        O Sr. tem uma lata do tamanho da Via Láctea!!!
        Vá lá fazer essa conversa aos afro-americanos que a toda a hora são abatidos pela polícia e presos apenas porque têm uma cor de pele errada…
        Vá lá falar disso aos imigrantes latinos dos Estados do Sul ou àqueles que estão nos centros de detenção privados de contacto com os filhos…
        Vá ainda ter essa conversa com as vítimas dos tiroteios da semana passada.
        Por último: vá ter essa conversa com o idiota do Trump.
        E, sim, percebe-se bem pelo seu comentário que vive nos Estados Unidos e que está plenamente integrado na cultura dominante…
        Enfim, há cada um… Mas, rogo-lhe. Leia o meu comentário. Depois tente percebê-lo. Por fim, abstenha-se de escrever disparates!

    • Li o seu comentário e percebi-o perfeitamente. No 2. parágrafo passa a mensagem que não devemos apontar o dedo aos outros antes de nos olharmos ao espelho, e tem razão, mas isso não anula o seu primeiro parágrafo, onde diz “Sim, todos sabemos o quão preconceituosos e ignorantes são os americanos”.

      Os seus posts demonstram na verdade como em Portugal (talvez na Europa em geral) se tem uma imagem tão distorcida do que é a vida nos EUA. Tudo o que sabe dos EUA é o que vê nas notícias e o que vê nos filmes. Os filmes, já se sabe, são feitos para vender, e as notícias normalmente focam-se mais no que corre mal (o que vende) do que no que corre bem (que normalmente é aborrecido).

      O que as pessoas normalmente não conseguem compreender é a dimensão dos EUA, e tudo o que daí resulta. Em muitos aspectos, não é um país, são 50 países unidos por leis federais.

      • Concordo. E conheço bem a organização federal dos Estados Unidos. Nesse aspecto vários séculos à frente da Europa.
        Não estamos assim tão afastados. Mas convenhamos: sem desdenhar tudo o que escreveu, há nos Estados Unidos uma veia preconceituosa bem vincada. Se ela é ou não mais evidente do que na Europa, isso já é outra história.
        Por exemplo: concordamos que há um certo preconceito interno em relação aos oriundos de alguns estados, certo? Na Europa, isso é muito mais vincado. Há a ideia de superioridade do Norte em relação ao Sul e por aí fora…

        • Sim, há algum preconceito em relação aos Estados do Sul e interior. Com alguma razão de ser, diga-se de passagem, tendo em conta que a maioria das maluqueiras “only in America” que dão má fama aos EUA, vêm desses Estados. Mas esse preconceito é inconsequente. Quem for inteligente e estudar e trabalhar no duro, vai ter sucesso de onde quer que seja.

          Não esquecer que o povo Americano, +70% branco, elegeu um negro para Presidente, apenas algumas décadas depois da segregação racial que afetou tantos Estados. Julgo que tal nunca aconteceu em nenhuma outra democracia ocidental.

    • Os exemplos que refere, apesar de serem obviamente tragédias horríveis, não passam de meia dúzia de casos naquilo que é uma país à escala dos EUA. Por exemplo, morrem +/- o mesmo número de pessoas POR DIA em acidentes de viação que em TODO O ANO em tiroteios em massa.

      Veja o caso do Ohio, onde vivem 11 milhões de pessoas. É possível que a única notícia que ouviu, ou vai ouvir, sobre o Ohio no ano de 2019, seja o tiroteio da semana passada. Muita coisa se passa num Estado com uma dimensão populacional semelhante à de Portugal, mas naturalmente isso não passa nas notícias. Como tal, a sua opinião é condicionada por uma única notícia, e ainda por cima extremamente negativa.

    • Quanto aos Latinos, já conheci e falei com vários, desde médicos a condutores Uber, das Honduras à Argentina. Sabe o que é que todos têm em comum? Não querem voltar ao seu país de origem. E o incidente em El Paso não muda nada.

    • Li o seu comentário e percebi-o perfeitamente. No 2. parágrafo passa a mensagem que não devemos apontar o dedo aos outros antes de nos olharmos ao espelho, e tem razão, mas isso não anula o seu primeiro parágrafo, onde diz “Sim, todos sabemos o quão preconceituosos e ignorantes são os americanos”.

      Os seus posts demonstram na verdade como em Portugal (talvez na Europa em geral) se tem uma imagem tão distorcida do que é a vida nos EUA. Tudo o que sabe dos EUA é o que vê nas notícias e o que vê nos filmes. Os filmes, já se sabe, são feitos para vender, e as notícias normalmente focam-se mais no que corre mal (o que vende) do que no que corre bem (que normalmente é aborrecido).

    • O que as pessoas normalmente não conseguem compreender é a dimensão dos EUA, e tudo o que daí resulta. Em muitos aspectos, não é um país, são 50 países unidos por leis federais.

      Os exemplos que refere, apesar de serem obviamente tragédias horríveis, não passam de meia dúzia de casos naquilo que é uma país à escala dos EUA. Por exemplo, morrem +/- o mesmo número de pessoas POR DIA em acidentes de viação que em TODO O ANO em tiroteios em massa.

    • Veja o caso do Ohio, onde vivem 11 milhões de pessoas. É possível que a única notícia que ouviu, ou vai ouvir, sobre o Ohio no ano de 2019, seja o tiroteio da semana passada. Muita coisa se passa num Estado com uma dimensão populacional semelhante à de Portugal, mas naturalmente isso não passa nas notícias. Como tal, a sua opinião é condicionada por uma única notícia, e ainda por cima extremamente negativa.

  7. Pois, a ignorância é comum a todos os povos, e os preconceitos também. O povo árabe foi um dos povos mais mais avançadados da antiguidade. Nada tem a ver com atentados bombistas, esses são extremistas. Como tudo o que é extremo é perigoso. Extrema direita com Hitler que foi um atentado à Humanidade durante anos e extrema esquerda com Estaline e Lenine… venha o diabo e escolha. O preconceito é o maior bloqueio das pessoas e ainda mais do que opinam sem fazerem nenhuma do que falam! Enfim… século 21 no seu melhor

  8. Como as pessoas não recordam nada do que aprenderam dão estes resultados (o resultado deveria ser parecido em Portugal!)
    Faz-me lembrar a petição do miúdo que recolheu milhares de assinaturas em pouco tempo: Pretendia que fosse proibida a utilização do óxido de di-hidrogénio dizendo (o que é verdade!) que estava em grandes quantidades nas células cancerígenas, provoca a morte se for inalado em grandes quantidades, afetava fortemente a eficiência dos travões, e mais algumas verdades deste tipo! (facilmente convenceu milhares de pessoas para assinarem a petição para proibir o uso da água!)
    Basta ver quantas pessoas assistem aos programas de televisão com tarot, astrologia, curas por cristais, etc. (estão na mesma situação!)
    Ou os nossos deputados que aprovaram há uns anos a comparticipação de tratamentos homeopáticos…

  9. Também se pode dizer que 44% respondeu por descriminação, ou simplesmente por saber do que se tratava… é de facto um “estudo” cuja intenção é vexar.

    Gostava de ver o detalhe onde mostravam que esses 56% são todos brancos caucasianos… Ah… se calhar não é bem assim, se calhar até há alguns de famílias Árabes…

  10. A minha neta tem 5 anos e já sabe. Quando lhe ensinámos e escrever os algarismos ensinámos que tinha sido o povo árabe a inventar a numeração.

  11. O problema deve estar mesmo é na ignorância dos americanos, tal como que com as armas imaginam que quantas mais houver e por mais mãos distribuídas estarão mais protegidos, pelos vistos a riqueza não alimenta sabedoria!.

  12. Este mundo está perdido. É uns a levar no cu à força toda, outros a injectarem-se com droga, outros a bater nas mulheres e nos Polícias, ouros a roubarem, outros a fazer muuuuiiiitos filhos para depois exportarem para os USA e para a Europa, o maduro a matar o povo à fome e esta gente só sabe dizer mal dos Americanos e do Trump. Vai lá vai!!!

  13. Foi apenas só para testar a conotação da palavra “árabe”, hoje em dia muito depreciada. Os algarismos foram, na verdade, criados na Índia e adotados pelos árabes que, na nossa Idade Média e antes, tinham uma cultura e ciência muito avançadas. Os algarismos permitiram o avanço da Matemática e das ciências que a utilizam. Imaginem só o que seria termos que fazer operações matemáticas com a numeração romana que nem sequer tinha algo equivalente ao zero!
    Creio que também devemos ter em conta que a Civilização Árabe foi, quando existia aqui na nossa Península, muitíssimo mais avançada do que a sua contemporânea cristã, em conhecimento e em conforto. Basta comparar os magníficos palácios árabes com os rudes castelos cristãos. De resto, eram, nesses tempos passados, mais fundamentalistas os cristãos com as suas sangrentas cruzadas, do que os árabes. Também acho que não devemos ignorar o facto de que, hoje em dia, são os povos árabes e muçulmanos as principais vítimas do fundamentalismo islâmico praticado por hordas de energúmenos muitas vezes originários da Europa, como se verificou com o Daesh.

  14. Mas é claro que o preconceito tem que existir, depois do que aconteceu às torres gémeas o que é que se haveria de esperar. Acho que é um milagre ainda permitirem a entrada de árabes nos EUA.

    • É… agora é só comparar “as torres” com o que os americanos fizeram e fazem no medio-oriente e fica-se logo a perceber porque os arabes gostam tanto deles…

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