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Ambulância do INEM (acabada de reparar) incendeia-se no hospital

Estela Silva / Lusa

No final da manhã deste domingo, uma ambulância incendiou-se dentro do hospital Rainha Santa Isabel, em Torres Novas.

Uma ambulância do Instituo Nacional de Emergência Médica (INEM) incendiou-se, este domingo, quando estava estacionada na base, o hospital de Torres Novas.

Segundo o Expresso, nenhum dos tripulantes da ambulância de Suporte Imediato de Vida (SIV), um técnico de emergência pré-hospitalar e um enfermeiro, ficaram feridos. A ambulância não tinha nenhum paciente a bordo.

Embora não haja nenhuma informação oficial sobre o sucedido, fontes contactadas pelo jornal falam de veículos envelhecidos. Segundo fonte do INEM, a ambulância realizou, no domingo, um serviço de emergência médica pré-hospitalar às 8h14 que terminou às 11h00.

“O incidente ocorreu às 11h48 com a ambulância parada, parqueada nas urgências do Hospital”, conta. O INEM acionou os Bombeiros Voluntários de Torres Novas e a PSP. Pelas 13h30 “o INEM colocou uma ambulância SIV ao serviço, em substituição da acidentada”.

A viatura em questão “beneficiou de uma grande reparação no mês de dezembro de 2017, tendo sido colocado um motor novo, com dois anos de garantia, num investimento de mais de 10.000 euros”, esclareceu a fonte.

A ambulância, que entrou ao serviço como SIV de Torres Novas no dia 21 de maio, tinha 157.083 km, e o motor (novo) tinha menos de 10.000 km de funcionamento. “A última intervenção ocorreu no dia 10 de maio com a colocação de um novo conversor”, refere a fonte do INEM ao mesmo jornal.

Incidentes como este mostram as falhas do sistema. A reportagem do Expresso “INEM em estado crítico” evidencia uma situação de bases degradadas, viaturas sem manutenção, equipamentos desadequados, fármacos em falta ou escassez de profissionais.

“As ambulâncias SIV, com técnico e enfermeiro, na sua maioria, não passariam na inspeção. Os pneus estão gastos, a direção tem folgas, os amortecedores estão totalmente danificados e, mesmo assim, temos de fazer uma condução a grande velocidade”, denunciou um técnico de emergência pré-hospitalar da região de Lisboa.

Já um enfermeiro do Norte referiu que “nas ambulâncias SIV que não estão integradas numa unidade de saúde, a reposição dos stocks é muito difícil e optamos por pedir aos colegas da Urgência para dispensarem material”. “Chegamos a pedir seringas, sistemas de soros ou medicamentos”, confessa.

Ao instituto são apontadas falhas em todas as áreas. O Expresso frisa que quem critica diz-se prejudicado, razão pela qual todos os testemunhos foram feitos sob anonimato.

ZAP //

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