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Amazon acusada de manipular anúncios

Publicidade irrelevante para o utilizador. Tudo para direccionar os clientes para produtos mais caros, aumentando os lucros.

A Amazon está a ser acusada de manipular os resultados das pesquisas a seu favor.

De acordo com a Comissão Federal de Comércio dos Estados Unidos da América (FTC), a empresa de comércio electrónico tem “inundado” os seus resultados de pesquisa com anúncios “defeituosos”, irrelevantes.

Essa prática serviria para direccionar os clientes para produtos mais caros, aumentando os lucros – e resultou, porque os lucros da Amazon subiram.

O esquema, também segundo a FTC, foi uma ideia do fundador da empresa, Jeff Bezos.

A CNBC explica que Bezos teria dito aos seus funcionários para “aceitarem mais defeitos” para aumentar o número total de anúncios exibidos e para aumentar os lucros com publicidade da Amazon.

Refira-se que “defeitos”, neste contexto, são anúncios irrelevantes ou apenas parcialmente relevantes para o utilizador; mostram algo que o possível cliente não quer ver.

Este esquema acaba por desprezar, negligenciar, resultados orgânicos relevantes para quem procura um determinado produto. Em vez disso, aparecem produtos fora do contexto da pesquisa.

Exemplos: procurar uma camisola do Seattle Seahawks (NFL) e aparece uma camisola do Los Angeles Lakers (NBA); ou procurar garrafas de água e aparecer “urina de veado”.

Mas, de acordo com a acusação, resultava: “A publicidade é tão lucrativa para a Amazon, mesmo com taxas de defeitos mais altas, que altos executivos da Amazon concordaram que ‘seria uma loucura’ não aumentar o número de anúncios exibidos aos utilizadores”.

Um porta-voz da Amazon, Tim Doyle, alega que essa informação é “extremamente enganosa e retirada do contexto”.

Outro responsável da mesma empresa, David Zapolsky, já disse que esta acusação é “incorrecta nos factos”. E assegura que a empresa tem estimulado a competição e a inovação, com maior variedade de produtos, preços mais baixos e prazos de entrega mais rápidos.

A Amazon já tinha sido alvo de processo – de 17 Estados dos EUA e da própria FCT – por estar, alegadamente, a ter um monopólio no comércio online e a aproveitar isso para aumentar os preços na internet, prejudicando a experiência de compra e excluindo concorrentes.

ZAP //

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