Cirurgia no Amadora-Sintra e Ortopedia da Guarda sofrem constrangimentos

5

Mário Cruz / Lusa

A maternidade do Hospital Beatriz Ângelo, em Loures, reabriu no domingo às 20h, mas os constrangimentos mantêm-se em outros hospitais pelo país.

As urgências de cirurgia geral do hospital Amadora-Sintra estiveram condicionadas até às 8 horas desta segunda-feira, 13 de junho, segundo comunicado do Hospital Professor Doutor Fernando Fonseca (HFF).

“A Urgência de Cirurgia Geral funcionará de forma condicionado entre as 8h00 de hoje [domingo] e as 8h00 de amanhã [segunda-feira], dia 13 de junho”, disse ontem o hospital em comunicado enviado à Rádio Observador.

Além disso, na Guarda, o Hospital Sousa Martins está sem Urgência de Ortopedia há já alguns dias e tem condicionamentos nas deslocações da VMER (Viatura Médica de Emergência e Reanimação), de acordo com o Público.

“Estamos com alguns constrangimentos como está a acontecer no resto do país. Temos profissionais com covid, outros de férias e um com licença de nojo. Isto está a causar um constrangimento brutal e estamos sem escalas em Ortopedia. O CODU foi informado da situação e todos os doentes estão a ser transferidos para Viseu”, disse fonte do hospital ao matutino.

O serviço de urgência de ginecologia e obstetrícia do Hospital Beatriz Ângelo, em Loures, reabriu às 20:00 [de domingo], informou a Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo (ARSLVT).

Em comunicado, para atualizar o ponto da situação do funcionamento em rede das maternidades do Serviço Nacional de Saúde (SNS), a ARSLVT refere que a de Loures era a única cujas urgências tinham previsão de ficar encerradas até às 08:00 de segunda-feira, com o reencaminhamento das utentes para outras maternidades.

No final da manhã de hoje a ARSLVT tinha indicado à agência Lusa que os “constrangimentos pontuais” serão “supridos por outras unidades da região, que assegurarão a resposta do SNS”.

A Administração Regional de Saúde informou ainda que foram realizados 146 partos na sexta-feira e no sábado nas maternidades dos 13 centros hospitalares que possuem essa valência, o que afirma atestar “o funcionamento em rede das unidades do Serviço Nacional de Saúde”.

Referia ainda que se mantém em “estreita colaboração” com os ARSLVT, hospitais da região e o centro de orientação de doentes urgente (CODU)/Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) para “garantir o normal funcionamento das urgências das maternidades da região em segurança”.

Marcelo acredita que fecho de urgências não se prolongará durante o verão

O Presidente da República insistiu este domingo que o encerramento de serviços de urgência em vários hospitais decorre de situações específicas associadas a problemas de substituição, afirmando acreditar que o problema não se prolongue durante o verão.

Questionado pelos jornalistas sobre o encerramento de serviços de urgência um pouco por todo o país, Marcelo Rebelo de Sousa referiu que “há aqui uma situação que já ocorreu em anos anteriores nesta ponte longa” e que tem origem nas baixas que vários profissionais de saúde colocaram como “compensação” pela fadiga provocada pela pandemia nos últimos dois anos.

No entanto, o chefe de Estado rejeitou que o problema seja transversal a todo o território nacional e considerou que apenas ocorre “em pontos onde a substituição [de profissionais de saúde] é mais complicada”.

À margem de um encontro com portugueses residentes em Andorra, a propósito das comemorações do Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas, o Presidente da República apontou as “situações de acumulação e sacrifício do trabalho” como causa para o encerramento das urgências e afirmou acreditar que o problema não vai além desta altura.

“Espero que não porque aí haverá certamente uma possibilidade de programação e de preparação. Digamos que o que há é situações de acumulação de sacrifício do trabalho que, aliás, tenho encontrado em outros países. As enfermeiras portuguesas em Inglaterra falavam-me disso”, acrescentou.

Na perspetiva do Presidente da República, “as mini-ruturas” terão solução rápida, mas disse que é igualmente necessário investir no Serviço Nacional de Saúde (SNS) “como um todo”.

ZAP // Lusa

5 Comments

  1. Já deviam ter aprendido que o SNS, da forma como está pensado é um fiasco, Num país como Portugal, pensar que se consegue oferecer um serviço de qualidade quase gratuito, é uma utopia.
    Mas como arranjar alternativas sérias fazem perder votos, ninguém quer pôr o dedo na ferida.

  2. Os coveiros do SNS são aqueles que mais propagandearam a sua necessidade! Uma vez no Poder esquecem rapidamente as promessas e as necessidades reais do povo, na prática, sai tudo ao contrário do prometido com a cumplicidade de uma inação total do um PR cada vez mais adormecido perante os problemas do país e incapaz de dar um puxão de orelhas a quem bem merece!

  3. O PR quando eleito considerou-se um defensor de TODOS os Portugueses. O que anda a fazer este PR? NADA! Como é que este PR tem coragem de andar a passear pelo País e pelo estrangeiro e não se preocupa com a forma como este governo está a governar Portugal? Não é só a saúde com urgências de hospitais encerradas como também na Educação haver milhares de alunos sem professor. Este PR aliado deste miserável governo é uma lástima.

  4. Estou estupefato com as reações, ou toda a gente que aqui anda tem fins e objetivos político-partidários ou não se percebe como a maioria das pessoas se diz a marimbar para a politica, para os partidos, e não participa em atos eleitorais, ou está tudo maluco, mas é quase certo, penso eu, que são movimentos avençados por partidos políticos.
    Porque o Problema é muito mais grave que á priori possa parecer, já se vê muita gente com medo em cair nas mãos dos profissionais de saúde seja SNS ou Privado, porque se pensarmos bem a desconfiança está em toda a classe de saúde seja ela do SNS ou privada, com a Moral, a ética, o Profissionalismo, a falta de humanidade que tem demonstrado é de meter medo, e fica demonstrado com elevada evidencia que são pessoas reles, sem princípios humanitários, autênticos bichos, fica mesmo nas nossas memorias este alarme de pessoas a quem confiamos as nossas vidas, não é alarmismo, é real, um Profissional de saúde não altera o seu grau humanitário, a sua ética, a sua responsabilidade profissional, a sua natureza, os seus princípios, só porque em vez de trabalhar no SNS Trabalho num estabelecimento de saúde Privado, seja hospital clinica o que quer que seja, o problema mostra a qualidade destes profissionais para alem da mesquinhez da luta de dinheiro ou politica, mostra o que realmente estas pessoas são e o risco que corremos nas mãos deste gente, é assustador, porque já alguém dizia, um Bandido será sempre um Bandido seja em que circunstancia for.

  5. Não sou a favor do sistema de médicos de família, e dos centros de saúde familiar, penso que só andam a estorvar, como se viu com a pandemia, em mais de 2 anos que ninguém tem medico de família, e não se nota a sua falta. era preferível, mais vantajosos para os Utentes, e para o Estado, e para o contribuinte, acabar com este sistema, substituindo por profissionais prestadores de saúde convencionados, acordos, o que lhes quiserem chamar , e cada Utente procurava o seu medico enfermeiro que mais confiança e melhor profissionalismo lhe achasse ter. Não ficaria de certeza mais caro, acabavam as politicas, os tachos, as guerras.
    Acredito que não seja fácil, ou ate possível pois tem-se verificado que nenhum politico, nenhum partido se tem preocupado, para alem de buscarem só e apenas dividendos políticos, e até se mostram confortados nestas politicas que engorda muita gente desde a classe politica, da saúde publica e privada, e muito tacho, Politico e privado da Extrema esquerda á extrema direita.

Deixe o seu comentário

Your email address will not be published.