A ameaça para a saúde humana representada pelas alterações climáticas é tão importante que pode comprometer os avanços conseguidos no último meio século, alerta um estudo divulgado esta terça-feira pela revista The Lancet.
Os autores do trabalho, cientistas europeus e chineses, consideram que “o catastrófico risco potencial” do aquecimento do planeta para a saúde dos seres humanos tem sido subestimado.
“As alterações climáticas constituem uma emergência médica e, portanto, requerem uma resposta urgente”, afirmou Hugh Montgomery, diretor do Instituto para a Saúde Humana do University College London.
No documento sustenta-se que o impacto direto das alterações climáticas na saúde das pessoas resulta da maior frequência e intensidade de eventos meteorológicos extremos, como ondas de calor, inundações, secas e tempestades.
As alterações climáticas têm também consequências indiretas para os humanos, como mudanças nos padrões de propagação de doenças infecciosas, aumento da poluição atmosférica, insegurança alimentar e má nutrição, além de mais problemas de saúde mental, com uma potencial subida das perturbações de ansiedade e casos de stress pós-traumático em refugiados provocados pelo desaparecimento de zonas costeiras em todo o globo.
“As alterações climáticas têm o potencial de reverter as melhorias verificadas na saúde que o desenvolvimento económico conseguiu nas últimas décadas”, disse Anthony Costello, responsável do Instituto para a Saúde Global do UCL.
/Lusa
Em toda a história do mundo houve alterações climáticas e mudanças drásticas. Temos que lidar com elas, a bem ou a mal…
Faça como eu ria à gargalhada de cada vez que leio isto.
Sim, sempre houve alterações climáticas, mas estas alterações foram sempre espaçadas por milhares de anos, enquanto que estas que estamos já a sofrer foram bastante aceleradas por nós.