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Gouveia e Melo pode estar “aborrecido” com apoio precipitado de maçons influentes

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António Cotrim / Lusa

Almirante Henrique Gouveia e Melo

Dois elementos influentes da maçonaria portuguesa revelaram publicamente o apoio a Gouveia e Melo como candidato à Presidência da República. A decisão “precipitada” está a colar o Almirante à maçonaria quando ainda nem sequer confirmou a candidatura.

Os antigos dirigentes da maçonaria portuguesa José Manuel Anes e Paulo Noguês estão a lançar o “Movimento de Apoio do Almirante à Presidência” que vai ser apresentado oficialmente a 13 de Janeiro.

Este apoio público dos dois maçons influentes surge numa altura em que Gouveia e Melo ainda não se assumiu oficialmente como candidato a Belém, embora a sua candidatura seja vista como certa.

Gouveia e Melo pode estar “um pouco aborrecido”

José Manuel Anes, antigo Grão-Mestre da Grande Loja Legal de Portugal, assume no programa “Explicador” da Rádio Observador que a intenção deste grupo de “amigos” do Almirante é também passar alguma “calma” aos seus admiradores, numa altura em que sentem “angústia” pelo facto de a candidatura ainda não ter sido anunciada.

Neste sentido, Anes admite também que Gouveia e Melo pode ter ficado “um pouco aborrecido” com a “atitude” deste grupo por gostar de “manter os ritmos” próprios. “Não gosta de ser pressionado para nada“, salienta.

O antigo dirigente maçónico também nota que a decisão de lançar este apoio não foi comunicada ao Almirante e que, por isso, até houve “uma precipitação”.

Mas “ele sabia que o grupo tinha sido criado e que ia avançar”, só “não sabia quando”, realça ainda o antigo Grão-Mestre da Grande Loja de Portugal.

“O Almirante não é maçon”

Anes salienta também que tiveram “vários contactos” com o Almirante e nota que os elementos do grupo acreditam que a candidatura a Belém “vai acontecer”, embora não tenham essa confirmação.

Ele sabe quem somos, sabe que conta com o nosso apoio”, acrescenta, frisando que o movimento de apoio é “apenas um núcleo para a futura organização da estrutura da campanha”.

O antigo Grão-Mestre também faz questão de sublinhar que “o Almirante não é maçon“, descartando ainda que o apoio seja da maçonaria como um todo. É de apenas alguns maçons, destaca, frisando que também apoiou a título pessoal Marcelo Rebelo de Sousa nas últimas eleições presidenciais.

Quanto às razões que justificam o seu apoio ao Almirante, Anes realça a “admiração pelo trabalho que fez, pela sua capacidade de organização, disciplina e liderança”.

O apoio destes maçons influentes foi tornado público no Facebook por Paulo Noguês, que citou “um grupo de amigas e amigos”, falando especificamente de José Manuel Anes.

Jose Manuel Anes partilhou essa publicação no seu perfil da mesma rede social, sublinhando que também apoia o Almirante.

Susana Valente, ZAP //

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22 Comments

    • A maçonaria não toma partido politico nem o Almirante o aceitaria. Neste caso são algumas pessoas , que foram dirigentes maçónicos, que se precipitaram a dar pin seu apoio ao Almirante. É claro que haverá muitas outras pessoas e outros grupos que anunciarão, a seu tempo, o apoio ao Almirante, será um apoio maciço mas não de grupos políticos. Os Partidos apresentarão os seus candidatos, alguns já se adivinham, no fim o eleitorado escolherá, certamente dará uma sólida maioria ao Almirante.

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  1. Esta figurinha plantada do nada, presunçoso, narcisista e sabe-se lá mais o quê, está a despertar perigosas curiosidades em irresponsáveis aventureiros
    Ninguém sabe NADA, politicamente, deste indivíduo que, leviana e perigosamente, insistem em “enfiar” à força, no fato do nais alto cargo político da nação.
    Um bilhete de lotaria que, como se o risco não fosse o bastante, tudo indica que está viciado e não “cola”.

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    • Lucinda não gosta do Almirante, não vote nele, haverá muitos quem vote no Almirante que provavelmente terá uma vitória esmagadora mesmo sem a Lucinda.

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      • Nem a Lucinda nem eu, Esta estória de militares se meterem na política só dá maus resultados. Depois não chorem sobre o leite derramado.

    • O Almirante “chamuscado” é uma fantasia. O país parece disposto a contrariar o sistema partidário, escolhendo um militar politicamente independente, capaz de representar TODO o eleitorado.

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      • Maria Ribeiro,
        Sou uma pessoa cuja orientação é norteada pela razão.
        Já avaliei o possível sobre as competências de Goyv
        Gouveia e Melo para o cargo e não vi NADA que acrescente ao desemoenho profissional militar, e ao ligeiro desvio para funções de logística no período vacinal, a quando da pandemia.
        Dizem que cumpriu, mas isso, só por si, é comum a tantos de nós, e nem por isso encontramos – ou alguém encontra – nesse facto, motivo que sustente uma candidatura política, muito nenos ao mais alto nível.
        Se a Maria – ou alguém neste fórum – me der motivos justos e razoáveis para reconsiderar, obvianente estarei disponivel para tal, prometendo desde já render-me em absoluto ao eventual valor e pertinência das eventuais considerações.
        Aguardo o peso dos vossos argumentos, avisando de antemão que uso de coerência, e não pertenço ao grupo dos que se enamoram de ramela, que é como quem diz, não me iludo com aparências,

  2. A separação entre o poder político e a estrutura militar é tipica de democracias estáveis. Gostaria que continuássemos essa tendência das últimas décadas. Ainda que formalmente tenha pedido a demissão o Almirante Gouveia e Melo é claramente um candidato com um perfil militar, que não me parece ser adequado nesta fase da Democracia Portuguesa.

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    • Os militares, pela própria natureza da sua função, colocam o país acima de quaisquer interesses partidários ou sectoriais. E é isso que assusta os políticos profissionais que não sabem o que é o bem comum. Uma grande percentagem dos portugueses está por isso predisposta a votar num militar para a chefia do estado. Sobretudo depois de dez anos a aturar o Marcelo…

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  3. Este Militar , Gouveia e Malo , incomoda o Sistema da continuidade e seus “permanentes” representantes . Já muito fizeram para descreditar este “possível” Candidato a P.R , usando os meios mais sujos da Politiquice . Agora são Seitas Maçónicas -Opus Dei , que entram no “baile” desenvergonhadamente . Tentam a todo o custo oferecer presentes envenenados a este suposto Candidato . Quem decide , nas Urnas , são os Eleitores e não nenhumas duvidosas “Sociedades Ocultas” ! .

    • sonhador… não foi ele nomeado pelo sistema para “tratar” das vacinas? ainda acredita que ele é contra o sistema que o nomeia? porque terá sido nomeado? estranho…

      • Sr. Eu : …Para começar , ninguém é obrigado a Vacinar-se , en segundo ; graças á Vacinação contra certas Doenças , salvam-se muitas Vidas . Quanto ao “Fenómeno” COVID , repito , só se vacinou quem quiz , nunca foi uma obrigação mas sim uma recomendação para Pessoas mais expostas a contagio . Quanto ao facto de ser requisitado e nomeado por o Governo , para orientar o programa de Vacinação , não fez mais que obedecer a uma ordem direta , numa situação de Emergência , en que muitos perderam a Vida devido a esta nova estirpe . Pare você de sonhar e volte a realidade ! .

        • Houve quem tenha sido obrigado a vacinar-se devido a funções que tinha, não seja ignorante, caso contrário nem em hotéis poderia ficar ou ir comer a restaurantes por exemplo. Já que está atento, volte a ler por favor pois nem acha estranho irem buscar um indivíduo às forças armadas para trabalho civil (saúde)…

          Editar – 
  4. Ou os senhores maçons são muito burros, ou acabam de queimar a candidatura do Almirante de propósito. Chamuscado já está, é um tiro no submarino. Muitos votos ao fundo…

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  5. No momento da candidatura, muitos afirmarão que é o cidadão e não o Almirante, uma vez que já não é militar. Se é Maçom ou não, pouco importará a quem o apoia. Apoiam o cidadão que julgam ser sério e independente. Mas será? Então e que políticos atuais existem para lhe fazerem frente? Onde param os homens sérios e impolutos na politica?
    Para o povo Português fica a sensação de frustração no engano, mas já se enganou tanta vez, basta lembrar as votações em Presidentes que se julgam fazer parte de elite muito acima do Povo, bem como em partidos que se revelam ninho de verdadeiros charlatões.
    Julgo que vamos viver uma rica campanha para as presidenciais.

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