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Aliados davam anfetaminas às suas tropas após terem visto os nazis fazê-lo

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Era comum as tropas nazis tomarem metanfetaminas e cocaína que alegadamente melhorariam a sua performance. Agora, sabe-se que também os Aliados, depois de saberem que o exército Nazi o fazia, decidiram eles próprios tomar anfetaminas.

Um novo documentário sugere que após as Forças Aliadas terem descoberto que os nazis tomavam drogas para melhorar a sua performance, também os soldados britânicos e americanos optaram por tomar cocaína e Benzedrina, uma anfetamina que permite aguentar várias horas de desgaste físico.

Secrets of the Dead: World War Speed é o novo documentário da americana PBS, que estreou esta terça-feira e alerta para esta ideia. E não era só a exaustão física que levava as tropas a tomarem estas drogas. Também o cansaço e o choque psicológico eram fatores cruciais para o seu uso durante a Segunda Guerra Mundial.

O consumo destas substâncias químicas tinham alguns efeitos secundários, que poderiam deixar os soldados incapazes de funcionar ou até mesmo inconscientes. O Governo aprovava o uso destas drogas, de acordo com o All That’s Interesting, mas manteve em segredo até muito depois do fim da guerra.

A estimativa é que cerca de 35 milhões de comprimidos de Pervitina, um medicamento que continha metanfetamina e cujo usado é frequentemente associado a Hitler, tenham sido distribuídos a 3 milhões de soldados, marinheiros e pilotos alemães entre abril e junho de 1940.

Estas drogas permitiram aos soldados alemães combater durante dez dias seguidos em Dunkirk e caminhar, em média, cerca de 35 quilómetros por dia. E foi depois de encontrarem tabletes de comprimidos num avião germânico despenhado, que os britânicos retiraram a ideia de fazer o mesmo — apenas com uma droga diferente: a Benzedrina.

“A droga impede que você durma, mas não o impede de se sentir cansado“, explicou o historiador e consultor do documentário, James Holland. “O seu corpo não tem chance de recuperar do cansaço e chega um momento em sai do efeito da droga e acaba por colapsar”, acrescentou.

Isto foi o que aconteceu a um em cada três soldados das Forças Aliadas. Apesar de a droga ser eficaz a curto prazo, a longo prazo mostrou-se ser um grave problema para soldados de ambos os lados. Até hoje, os efeitos de melhoria de performance da Benzedrina ainda não foram cientificamente provados.

“Até o final da Segunda Guerra Mundial, o conhecimento sobre os efeitos colaterais destas drogas foram aumentando”, disse Holland. O historiador realçou ainda que muitos se tornaram viciados nestas drogas. “No final da guerra, pouca ajuda foi oferecidas àqueles que se tornaram viciados”, rematou.

ZAP //

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