Decisão da Organização Mundial da Saúde, que não tem dúvidas de que o coronavírus continua a ser uma ameaça.
A COVID-19 deixou de ser assunto no nosso dia-a-dia, mas não deixou de ser assunto para as entidades nacionais e internacionais.
Nesta segunda-feira, e apesar dos números mais controlados ao longo do último ano, a Organização Mundial de Saúde anunciou que decidiu manter o nível máximo de alerta para a pandemia.
A decisão foi tomada depois de uma reunião do Comité de Emergência dos Regulamentos Internacionais de Saúde, realizada na sexta-feira passada.
A pandemia “continua a constituir uma emergência de saúde pública de interesse internacional”, lê-se em comunicado.
Esse comité “não tem dúvidas” de que o coronavírus continua a ser uma ameaça – para pessoas e animais – e por isso defende uma acção de saúde pública a longo prazo. Não para eliminar totalmente o vírus (será muito difícil), mas para suavizar as suas consequências.
No entanto, o comité admite que a pandemia “provavelmente está a chegar a um ponto de transição”.
“Ninguém disse que acabou”
A reunião do comité foi realizada no mesmo dia em que houve reunião no Luxemburgo, entre ministra da Saúde e deputados, também sobre dados da COVID-19 e sobre a Organização Mundial de Saúde
O deputado Gusty Graas, do Partido Democrata, confrontou a ministra por causa dos dados relacionados com a pandemia: continuam a ser publicados todos os dias, no Luxemburgo, embora as autoridades de saúde tenham anunciado em Maio de 2022 que deixariam de publicar dados diariamente.
“Até agora, a Organização Mundial da Saúde não decretou o fim da pandemia COVID-19”, respondeu a ministra Paulette Lenert, citada na rádio Latina.
A ministra explicou também que os números têm de ser recolhidos para que se possa monitorizar a situação, não só a nível nacional, mas também a nível europeu e internacional. Por isso, o Governo decidiu colocar os dados à disposição do grande público.