O Kremlin considera que a videochamada interceptada revela que há “planos específicos para atacar o território russo”.
Está oficialmente criada uma especial tensão entre Alemanha e Rússia.
A origem deste ambiente é uma gravação de quase 40 minutos divulgada pela estação de televisão estatal russa RT.
Nessa gravação de vídeo-conferência, aparentemente, quatro altos oficiais da Alemanha debatiam a possibilidade de fornecer mísseis Taurus para a Ucrânia – e falavam sobre o que seria necessário para permitir que as forças locais os utilizassem, bem como o seu possível impacto.
Esses mísseis de longo alcance, oficialmente, não vão ser entregues porque o chanceler Olaf Scholz acha que os mísseis poderiam ser usados para atacar a Rússia, em solo russo. E isso levaria a guerra para outra escala.
Os mísseis Taurus têm um alcance de mais de 500 quilómetros; não seria difícil para a Ucrânia atingir território da Rússia.
Para o Kremlin, aquela conversa por vídeoconferência mostrou que “nas entranhas das Forças Armadas da Alemanha, estão a ser discutidos planos substanciais e específicos para atacar o território da Federação Russa“, segundo Dmitry Peskov, porta-voz do Governo russo.
Sergey Lavrov, ministro nos Negócios Estrangeiros da Rússia, acrescentou que há um “apetite pela guerra na Europa que ainda permanece muito alto” e que a prioridade desta vídeo-conferência era garantir “a derrota estratégica da Rússia no campo de batalha”.
No sábado, Berlim confirmou que a gravação era autêntica e que havia sido “interceptada”.
Scholz garantiu que o caso vai ser investigado mas um porta-voz do Governo da Alemanha, Wolfgang Büchner, já negou a intenção de atacar a Rússia.
“As alegações de que a conversa prova que a Alemanha se está a preparar para uma guerra contra a Rússia são uma propaganda russa absurda e infame”, afirmou, citado no Financial Times.
O Governo alemão negou também que o seu embaixador em Moscovo tenha sido convocado ao Ministério dos Negócios Estrangeiros russo por causa deste assunto. Houve de facto uma reunião, mas estava planeada há muito tempo, segundo outro porta-voz, Christian Wagner.
Guerra na Ucrânia
-
6 Dezembro, 2024 Cidade russa tira tudo que é azul e amarelo da árvore de Natal
-
5 Dezembro, 2024 Reino Unido: “Estamos à beira da terceira era nuclear”Também em: Guerra no Médio Oriente
As guerras são o terreno onde se jogam os interesses dos poderosos, à custa dos súbditos cujo sangue lhes alimenta o poder, que desejam absoluto.
É a vida, dizem os resignados à força.
Incomoreensivelmente, há ainda os que, mesmo pertencendo à classe dos peões, a defendem.
(à distância e em segurança, claro está).
A espécie humana é isto, infelizmente.
O mundo já está a viver a terceira guerra mundial. China, Russia e até os Estados Unidos estão a pôr-se de lado, não nos resta mais do que nós europeus somos capazes de fazer por nós mesmos. A Ucrânia não pode ser vencida então mandem os mísseis, preparem-se para a guerra. Políticamente as trocas comerciais devem ser feitas com quem respeita a soberania dos outros.