O serviço de contra-inteligência militar da Alemanha está a investigar 275 casos de extremismo nacionalista nas suas Forças Armadas, incluindo episódios de saudações nazis, homenagens a Adolf Hitler e discursos de ódio e violência contra imigrantes.
Em carta ao Bundestag, o parlamento alemão, o Ministério da Defesa do país explicou que foram registados 53 relatos em 2017, 143 em 2016 e outros 79 em anos anteriores. De acordo o ministério, foram identificados soldados a gritar saudações como “Heil Hitler” ou “Sieg Heil” e registados abusos contra colegas com ascendência estrangeira.
“O caso foi encaminhado para a procuradoria militar e para o gabinete do Promotor Público, mas até agora não ocorreu nenhuma suspensão ou dispensa de serviço”, diz a carta da contra-inteligência ao Bundestag.
Na Alemanha, os símbolos nazis, incluindo verbais e gestuais, são proibidos e puníveis com penas de até três anos de prisão.
O serviço de contra-inteligência foi autorizado a investigar todos os soldados alistados, para descobrir possíveis ligações a extremismo ou terrorismo, mas a lei que qe regulamenta essa autorização só entra em vigor no próximo mês de julho.
Além dos neonazis, pelo menos 20 radicais islâmicos foram descobertos o ano passado nas Forças Armadas da Alemanha. A imprensa do país especula que possam ter decidido alistar-se para aprender técnicas de combate e manipulação de explosivos.
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