Alemanha e França prometem novo apoio financeiro à OMS

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Tedros Adhanom Ghebreyesus, diretor-geral da Organização Mundial de Saúde (OMS)

Menos de um mês após o Presidente dos Estados Unidos (EUA), Donald Trump, ter anunciado que ia deixar de financiar a Organização Mundial da Saúde (OMS), a Alemanha e a França informaram que contribuirão com um novo apoio financeiro para a luta da agência contra o coronavírus.

Segundo noticiou na quinta-feira a NPR, a Alemanha prometeu doar este ano 500 milhões de euros em financiamento e equipamentos à organização.

“Precisamos de uma OMS forte, eficiente, transparente e responsável, hoje mais do que nunca”, disse o ministro da Saúde da Alemanha, Jens Spahn, em entrevista coletiva em Genebra, na Suíça. “Respostas nacionais isoladas para problemas internacionais estão fadadas ao fracasso”, acrescentou.

Em maio, Trump anunciou que iria cortar os laços com a OMS, mas o Governo norte-americano ainda não notificou formalmente a agência. No último ciclo orçamental, no final de 2019, os EUA forneceram mais de 15% do financiamento da organização – uma contribuição de 893 milhões de dólares (cerca de 795 milhões de euros).

“Estamos a receber hoje todo o apoio de que precisamos, política e financeiramente. Tanto a Alemanha quanto a França são amigas de longa data da OMS e da saúde global”, disse o chefe da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, em entrevista coletiva.

A França, por sua vez, disse que daria 90 milhões de euros a um centro de pesquisa da OMS em Lyon, além de uma contribuição adicional de 50 milhões de euros.

Como lembrou a NPR, a OMS depende de taxas de associação e contribuições voluntárias dos seus 194 estados membros, além de doações de organizações internacionais e doadores privados. Segundo a agência, a contribuição total da Alemanha durante o último ciclo orçamental foi superior a 292 milhões de dólares (à volta de 260 milhões de euros).

O novo pacote de apoio à OMS por parte da Alemanha será primeiro aprovado no parlamento, indicou Spahn, acrescentando que o Governo está otimista de que seja aprovado no início de julho.

Spahn também pressionou por melhorias na OMS, sublinhando que o aumento do financiamento da Alemanha é acompanhado com “a clara expetativa de que os desafios e as reformas necessárias sejam adequadamente tratadas”.

Na semana passada, um alto funcionário de Saúde europeu disse à Reuters que os governos europeus estão a trabalhar com os EUA nos planos de revisar a OMS, sinalizando que a Europa compartilha pelo menos algumas das preocupações que levaram Washington a anunciar que cortaria o seu financiamento à agência.

ZAP //

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