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As aldeias de risco vão ter refúgios antifogo e oficial de segurança

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Paulo Nobre / Lusa

No âmbito dos programas Aldeia Segura e Pessoas Seguras, as aldeias de risco passam a ter refúgios antifogos e um oficial de segurança, para transmitir avisos à população e organizar evacuações.

A partir de hoje, Silvério Teixeira, de 61 anos, subchefe da PSP aposentado, assume o cargo de “oficial de segurança da aldeia” (OSA) de Vale Florido, no concelho de Ansião, em Leiria.

No âmbito dos programas de segurança das pessoas contra incêndios florestais, Pessoas Seguras e Aldeia Segura, o Governo criou a nova função de Oficial de Segurança da Aldeia, que funciona em regime de voluntariado.

O OSA, figura que passa a vigorar então nos 189 municípios com freguesias de maior risco de incêndio florestal, deve ser alguém “escolhido pela comunidade, com capacidade de liderança e conhecimentos de segurança, que seja respeitado pela população para que sigam as suas orientações”, descreve a Proteção Civil.

O oficial de segurança de cada aldeia fica encarregue de transmitir avisos à população, organizar evacuações em caso de necessidade e promover ações de sensibilização junto das populações, de forma a evitar comportamentos de risco, segundo o Diário de Notícias.

A aldeia que servirá de inauguração ao projeto inédito tem pouco mais de 100 habitantes que têm sido poupados a incêndios. “Tenho 53 anos e não me lembro de ter havido aqui nenhum incêndio”, reconhece um dos habitantes, Adail Luís.

Silvério, apesar de “orgulhoso” da sua nova missão, reconhece que “apesar de há uns anos andarem fogos perto, felizmente nenhum atingiu a aldeia“. Mas, no seu entender, a decisão de tornar Vale Florido o palco de inauguração dos dois novos programas justifica-se: “ainda se cultivam muitas terras à volta das casas e os terrenos em redor da aldeia estão libertos de árvores”.

Segunda-feira Silvério Teixeira assume, além do mais, o papel de “guia” da comitiva governamental e vai mostrar como a sua aldeia está preparada para combater os fogos. O ex-subchefe da PSP segue o plano da Proteção Civil à risca e já definiu e sinalizou o “local de refúgio”, onde a população se deverá abrigar caso as chamas ameacem a aldeia.

O OSA de Vale Florido acredita que os seus habitantes, a maior parte idosos, estão empenhados, contando com “pelo menos 40” presenças no simulacro de hoje. Só não tem mais porque, “à hora marcada – 11h30 -, as pessoas que trabalham não podem comparecer”, justifica.

Os dois programas inaugurados pela Proteção Civil em Vale Florido, e desenvolvidos em parceria com as autarquias, – Pessoas Seguras e Aldeia Segura -, visam prevenir e diminuir os efeitos dos incêndios.

Na cerimónia de inauguração, vai ser assinado um protocolo entre a Autoridade Nacional de Proteção Civil, a Associação Nacional de Municípios Portugueses e a Associação Nacional de Freguesias. A cerimónia conta com a presença do ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita.

No âmbito deste protocolo, a ANPC vai distribuir sinalética e 10 mil kits de auto-proteção, entre outros materiais, assim como irá enumerar critérios para a identificação de locais de refúgio, criar mecanismos de aviso à população e definir condutas pessoais de auto-proteção a adotar pelos cidadãos.

Está também prevista uma campanha a nível nacional, com início em maio, que vai passar nas rádios, televisões, jornais e redes sociais, que tem como tema central as medidas gerais de auto-proteção, segundo o Jornal de Notícias.

ZAP //

5 Comments

  1. Estamos a voltar ao tempo da ditadura.
    estão a criar novamente os bufos, em vez de apostarem na prevenção e combate, apostam apenas no salvar o pelo…
    que m***a de pais este esta a se tornar.

  2. Mais um tacho!!! Sera que lhe vao o cortar a reforma da PSP para novo cargo? E que faz ele sozinho??? Se no meio de tantos GNR’S…PROTECAO CIVIL, BOMBEIROS, FIGURAS DO ESTADO,GOVERNO….bla,bla…houve o numero de mortos que NUNCA NINGUEM vais esquecer…

  3. Muito boa ideia!!
    Já se sabe que os “indignados profissionais” estão sempre contra tudo e todos e, claro que é mais fácil escrever palermices de que fazer alguma coisa de útil!…

  4. Quanto a mim é uma medida bem tomada essa dos refúgios em cada aldeia que já aqui cheguei em tempos a apontar como uma solução certa e que o será certamente se os tais refúgios forem bem concebidos, caso contrário será mais dinheiro deitado ao vento!.

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