Albuquerque rejeita ser substituído. Jardim chama-lhe irresponsável

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Gregório Cunha / Lusa

Alberto João Jardim pede a substituição de Miguel Albuquerque na presidência do Governo Regional da Madeira. Por seu turno, Miguel Albuquerque rejeita ser substituído e diz-se preparado para novas eleições.

A Madeira atravessa uma crise política, desde que, em janeiro, o Presidente da República dissolveu o parlamento madeirense.

A dissolução foi precipitada pela crise política desencadeada quando o líder do Governo Regional Miguel Albuquerque foi constituído arguido num processo em que são investigadas suspeitas de corrupção e que levou à detenção do presidente da Câmara do Funchal.

Entretanto, o PSD venceu as eleições antecipadas, mas o programa do novo Governo não deverá passar, devido aos votos contra do PS, JPP e Chega – que, juntos, têm maioria absoluta dos votos (24 deputados em 47).

Esta segunda-feira à noite, em entrevista à RTP, Alberto João Jardim disse que é irresponsável o PSD Madeira não afastar Miguel Albuquerque da liderança do partido.

O histórico social-democrata e antigo dirigente da região autónoma da Madeira diz que o PSD deve reconhecer os serviços que Miguel Albuquerque prestou à região, mas que está na hora de ser substituído.

“Não se pode criar políticas em que um partido inteiro e sobretudo uma região autónoma inteira estão dependentes de uma solução, quando basta substituir uma pessoa”, considerou Alberto João Jardim.

Mas Albuquerque rejeita ser substituído. O presidente do Governo da Madeira diz estar preparado para ir a novas eleições antecipadas caso o Programa do executivo seja chumbado.

“É bom que fique claro que o PSD Madeira e eu próprio estamos preparados para qualquer cenário, sem medo, incluindo as eleições antecipadas, se for necessário que isso aconteça”, disse o líder madeirense na Assembleia Legislativa, no Funchal.

Discursando na abertura do debate do Programa do XV Governo Regional, que se prolonga até prolonga até quinta-feira, dia em que será votado sob a forma de moção de confiança, Albuquerque admitiu um cenário de novo sufrágio, visto que o PS, o JPP e o Chega anunciaram que vão votar contra a proposta.

João Jardim questiona programa

Quanto ao programa do novo Governo, João Jardim também tem dúvidas: “Eu não vejo como é que aquilo é exequível a cortar tantas receitas e a fazer tantas mais despesas. Gostaria que me explicassem como é que aquilo é viável“.

No mês passado, o PSD elegeu 19 deputados, ficando a cinco mandatos de conseguir a maioria absoluta. O PS elegeu 11 parlamentares, o JPP nove, o Chega quatro e o CDS-PP dois, enquanto a IL e o PAN alcançaram um deputado cada.

Já depois do sufrágio, o PSD firmou um acordo parlamentar com os democratas-cristãos, ficando ainda assim aquém da maioria absoluta.

Miguel Esteves, ZAP // Lusa

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2 Comments

  1. O Sr.º Presidente da República, Marcelo Sousa, provocou uma crise política na Região Autónoma da Madeira (RAM); ainda não foi capaz ou veio justificar o uso de aviação militar e plano montado para a actuar no Arquipélago levando à queda do Governo Regional Madeirense, provocando assim instabilidade política e estagnação económica e social na Região.
    O Sr.º Presidente da República, Marcelo Sousa, tem de se demitir ou ser demitido.

  2. A sério? Não é responsabilidade dos políticos madeirenses a pouca vergonha que têm armado ao longo destes anos? Despesismo, nepotismo, desfalques, burlas e abusos de poder? Grupo Sousa? Ligação de barco ao continente? É só culpa do Retângulo, como sempre???
    Mas que o Marcelo também tem a sua quota de asneiras, isso concordo (gémeas?)!

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