Alberto João Jardim: “Costa foi aselha. A sorte dele é ter Passos no PSD”

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PSD / Flickr

Ex-Presidente do Governo Regional da Madeira, Alberto João Jardim

Ao seu estilo, sem papas na língua, Alberto João Jardim lança críticas em todas as direcções, mas especialmente a Passos Coelho, o líder do seu partido, numa entrevista ao Jornal Económico.

O ex-presidente do Governo Regional da Madeira começa por dizer, nesta entrevista ao Jornal Económico, que António Costa foi “aselha” na gestão das polémicas do incêndio de Pedrógão Grande e do assalto a Tancos.

“O Costa foi aselha, coisa que não tinha sido durante dois anos. Deve ter sido do calor estival”, salienta Alberto João Jardim, defendendo que o primeiro-ministro deveria ter demitido a ministra da Administração Interna, Constança Urbano de Sousa, e o ministro da Defesa, Azeredo Lopes. “Nestas coisas corta-se o mal pela raiz”, justifica.

A sorte do Costa é ter Passos Coelho como ‘challenger, essa é a sorte dele”, acrescenta depois o ex-presidente do PSD-Madeira que está afastado da política desde 2015.

Nas críticas ao líder do seu partido, João Jardim acrescenta que “há muita gente que vai votar nos autarcas do PSD”, nas eleições autárquicas que se avizinham, “mas que não quer ouvir falar de Passos Coelho“.

“BE e PCP vão ser ‘comidos’”

O João Jardim comenta ainda a estabilidade da geringonça, notando que não o surpreende porque diz que “a esquerda radical” tem “causas fracturantes”, mas não tem “um projecto político alternativo”. “Portanto, o que lhes resta? Impedir que o inimigo principal, a direita, esteja no poder. ‘Tudo menos a direita’, diz o PCP“, aponta o ex-líder do Governo Regional madeirense.

“Andam ali quietinhos, com medo que a direita vá para o poder. Mas vão ser ‘comidos’. Porque o Costa está a ter um sucesso que tenho de reconhecer”, diz ainda João Jardim a propósito do papel de Bloco de Esquerda e PCP no Governo.

ZAP //

1 Comment

  1. Cá está! Uma enorme oportunidade perdida. Uma enorme oportunidade para este senhor estar calado. Ele nunca foi bom da cabeça, mas agora nota-se demais. É a senilidade.

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