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Al-Qaeda no Iémen reivindica ataque contra Charlie Hebdo

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passantino / Twitter

Nasser Bin Ali al-Anassi, alto comando da Al-Qaeda na Península Arábica

Nasser Bin Ali al-Anassi, alto comando da Al-Qaeda na Península Arábica

A Al-Qaeda no Iémen reivindicou esta quarta-feira, num vídeo divulgado online, o atentado terrorista da semana passada, em que morreram 12 pessoas na redação do semanário satírico francês Charlie Hebdo, em Paris.

“Heróis foram recrutados e atuaram”, declarou no vídeo, publicado num site islamita, um dos dirigentes da Al-Qaeda na península arábica, Nasser Bin Ali al-Anassi.

No vídeo, com a duração de quase 12 minutos, surge o alto comando da organização terrorista na Península Arábica (AQAP), confirmando que o atentado contra o jornal satírico foi uma “vingança pelo profeta” e prometeu mais “tragédias e terror”.

“Se não há controlo na liberdade das vossas palavras, então abram os vossos corações para as nossas ações”, ouve-se no vídeo. Antes da entrada em cena de Nasser Bin Ali al-Anassi, surge ainda um cartaz com as seguintes frases inscritas: “Vingança pelo mensageiro de Alá” e “mensagem sobre a batalha abençoada de Paris”.

A organização por trás dos ataques ainda levanta dúvidas, uma vez que os irmãos Kouachi afirmavam ter agido sob comando da facção Al-Qaeda na Península Árabe, mas Amedy Coulibaly terá dito num vídeo que era ligado ao grupo auto-denominado Estado Islâmico (EI), com base na Síria.

Apesar de terem em comum uma ideologia jihadista, as duas organizações vivem em competição. Na Síria, por exemplo, essa rivalidade por algumas vezes já descambou para a guerra aberta, com seguidores dos dois grupos a lutar por território enquanto os líderes disputam influência internacional.

Na quarta-feira passada, dois homens encapuzados e armados, os irmãos Saïd e Chérif Kouachi, de 32 e 34 anos, entraram na redação do Charlie Hebdo e mataram 12 pessoas.

Depois de dois dias em fuga, os dois suspeitos do ataque, foram mortos na sexta-feira, na sequência do ataque de forças de elite francesas a uma gráfica, em Dammartin-en-Goële, nos arredores da cidade, onde se tinham barricado.

Num outro atentado, na quinta-feira, uma agente da polícia municipal foi morta, no sul de Paris, tendo a polícia estabelecido “uma ligação” entre os dois jihadistas suspeitos do atentado ao Charlie Hebdo e o presumível assassino.

Na sexta-feira, ao fim da manhã, cinco pessoas foram mortas num supermercado kosher (judaico), no leste de Paris, numa tomada de reféns, incluindo o autor do sequestro, que foi morto durante a operação policial.

/Lusa

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