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Ajuste direto de 348 mil euros não evitou falhas graves no Portal das Matrículas

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António Cotrim / Lusa

O ministro da Educação, Tiago Brandão Rodrigues.

O Ministério da Educação fez um ajuste direto de 348 mil euros para responder à demanda do Portal das Matrículas. Mesmo assim, a plataforma acabou por apresentar vários problemas e foi alvo de ataques informáticos.

Matricular os alunos no próximo ano letivo tem sido uma tarefa complicada para os encarregados de educação, que estão a ter dificuldades em aceder ao Portal das Matrículas. Além disso, a plataforma foi ainda alvo de ataques informáticos.

“A natureza dos ataques informáticos prendeu-se com bloqueios no acesso ao sistema, como referido, e não com a tentativa de violação de dados”, salvaguardou o gabinete de imprensa do Ministério da Educação.

A Direção-Geral de Estatísticas da Educação e Ciência (DGEEC) atribuiu um contrato, por ajuste direto, à empresa LCG Consultoria SA, de forma a garantir um acréscimo de capacidade dos sistemas para o registo de um milhão de alunos no Portal das Matrículas, escreve o jornal Expresso.

O ajuste direto de 348 mil euros ficou acima do limite de referência de 75 mil euros que é determinado pelo Código de Contratos Públicos. O Ministério da Educação justifica que o ajuste direto foi feito “na medida do estritamente necessário e por motivos de urgência imperiosa resultante de acontecimentos imprevisíveis pela entidade adjudicante, não possam ser cumpridos os prazos inerentes aos demais procedimentos”.

O contrato foi feito ao abrigo de medidas excecionais durante este período de pandemia, que permitem a suspensão dos valores máximos previstos para ajustes diretos.

“Para poder dar resposta ao universo de matrículas previstas para o ano letivo 2020/2021 foi necessário robustecer o sistema, através de nova contratação por parte da Direção-Geral de Estatísticas de Educação e Ciência (DGEEC). Atendendo à urgência dessa resposta, esse serviço foi contratado por ajuste direto à equipa que concebeu o Portal, dentro dos valores legalmente regulamentados em tempo excecional de pandemia e por se tratar de uma ‘urgência imperiosa'”, explicou o Ministério da Educação ao Expresso.

Ainda assim, apesar de todas as precauções tomadas pelo ministério tutelado por Tiago Brandão Rodrigues, o Portal das Matrículas apresentou sérios problemas de funcionamento e segurança. Problemas no desempenho, má experiência de utilização, falhas na implementação tecnológica da plataforma, escolhas de compatibilidade do site, e impreparação para ataques informáticos e elevada procura são algumas das debilidades apontadas pela Exame Informática.

ZAP //

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8 Comments

  1. Mais alguém a “encher os bolsos” à custa do estado.
    Estes governantes não vão para o governo para governar. Vão para se governarem.

    Nem a pandemia os trava. Chulos e abutres vivem da desgraça alheia.

  2. Palavras para quê? É mais um artista súcialista no cumprimento da sua função, metade ciência metadede arte de roubar! Ao pé dos outros é apenas um aprendiz (de loja maçónica). Digo Eu!

  3. Adoraria ver ao certo o que andaram a fazer para auferir 348 mil euros em meia duzia de dias…
    E sem sequer dar garantias de nada.
    Quando o mais fácil era logo desde inicio evitar as matriculas desnecessárias… mas enfim, o dinheiro do contribuinte é usado de forma abusiva e leviana!

  4. Curiosamente ninguém comenta o crime cometido pelos piratas informáticos que impediram o funcionamento da plataforma. Aos criminosos tudo se desculpa desde que seja contra o governo que não é do nosso partido mesmo que isso se traduza em graves prejuizos para quem perdeu horas a tentar matricular os filhos.

  5. Mais trapalhadas dos governantes politiqueiros, ajuste directo ilegal que qeurem justificar por se urgente e imperioso e que não resolveu nada, nem seque evitou ataques ao sistema.
    Imaginem que estes ataques se davam no sistema multibanco e não era travado de imediato, lá se iam as economias do povo… ou então haveria ajudas extras do estado aos bancos, quem pagava era o mesmo…
    Pelourinhos de Portugal.

    • Correcção do primeiro parágrafo:

      Mais trapalhadas dos governantes politiqueiros, ajuste directo ilegal que querem justificar por ser urgente e imperioso e que não resolveu nada, nem sequer evitou ataques ao sistema.

  6. Mais um caso em que para porem dinheiro ao bolso a empresa em questão contratou meia dúzia de juniores para desenvolver.. Resultou no que resultou… IT nao é para qualquer vão de escada..

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