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Costa anunciou 250 milhões para a Ucrânia – mas esse apoio nunca será pago

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Miguel A. Lopes / EPA

Auxílio português “fica-se” pelos 55 milhões, inserido no financiamento conjunto da União Europeia. Portugal ajudou a Ucrânia em diversas vertentes, ao longo do ano.

No dia 21 de Maio do ano passado, três meses depois do início da guerra na Ucrânia, António Costa foi à capital Kiev, onde esteve com o presidente local Volodymyr Zelenskyy.

Nessa altura, o primeiro-ministro assinou um memorando que estabelecia uma ajuda financeira à Ucrânia de 250 milhões de euros, por parte de Portugal.

Mas afinal esses 250 milhões, um auxílio “muito volumoso” anunciado então, não será pago, informa o Jornal de Negócios.

Portugal assegura agora um apoio de 55 milhões de euros, enquadrado no financiamento conjunto dos 27 países da União Europeia. Ou seja, sem acordo bilateral, sem acordo directo apenas entre Portugal e Ucrânia.

A ajuda será uma garantia portuguesa para suportar a assistência macrofinanceira europeia.

Ao todo, no ano passado, a União Europeia entregou 7.5 mil milhões de euros à Ucrânia.

O Governo ucraniano esperava 100 milhões de euros provenientes de Portugal, até ao final do ano passado – e, até agora, chegou zero.

EUA, Canadá e Alemanha lideram a lista de ajuda financeira já entregue à Ucrânia, numa lista onde Portugal, Espanha e Finlândia ficam a zero. Portugal anunciou um apoio de 250 milhões de euros, Espanha 150 milhões e Finlândia 80 milhões de euros.

Outro valor destaca-se nessa lista: juntando países e instituições como o Banco Europeu de Investimento e a Comissão Europeia, o compromisso de ajuda financeira à Ucrânia era de 64 mil milhões de euros – na prática foram entregues 31 mil milhões de euros, para já (menos de metade).

Mesmo assim, esses milhões são fundamentais para a Ucrânia, onde o Produto
Interno Bruto desceu mais de 30% no ano passado.

Ajudas de Portugal

A guerra começou há precisamente um ano e, ao longo destes 12 meses, Portugal ajudou e continua a ajudar a Ucrânia em diversos contextos, lembra o portal Eco.

Logo nos primeiros dias do conflito, surgiu a plataforma We Help Ukraine, que se centra no acolhimento de refugiados.

O Instituto do Emprego e Formação Profissional criou outra plataforma, para recolher as vagas disponíveis para os refugiados ucranianos em Portugal.

Há um regime extraordinário de apoios para a Ucrânia. A nível militar, tem chegado à Ucrânia material letal e não letal.

Noutro contexto, Portugal criou um programa para trazer crianças ucranianas para Portugal, durante as férias.

ZAP //

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