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Airbnb proibiu reservas em Washington D.C. na semana da tomada de posse de Joe Biden

A plataforma de arrendamentos Airbnb impediu reservas na área metropolitana de Washington D.C. na semana passada, altura da tomada de posse de Joe Biden. Todas as reservas feitas a partir do dia 20 de janeiro na capital norte-americana foram bloqueadas.

A iniciativa da Airbnb surge depois de as forças de segurança dos Estados Unidos terem admitido a possibilidade de novas manifestações violentas, semelhantes às que mataram cinco pessoas na invasão ao Capitólio dos Estados Unidos a 6 de janeiro.

Muitos dos invasores envolvidos na invasão do Capitólio, onde o Congresso estava reunido para oficializar a vitória de Joe Biden nas eleições de novembro, estavam hospedados em apartamentos arrendados a partir do Airbnb. De acordo com o Engadget, nas redes sociais, haviam movimentos que pareciam estar a organizar-se para repetir o golpe.

Segundo a Airbnb, “foram identificados vários indivíduos que estão associados a grupos de ódio conhecidos ou que estiveram de alguma forma envolvidos na atividade criminosa no Capitólio”, pode ler-se no comunicado citado pela Agence France-Presse. Neste sentido, todos eles foram banidos da plataforma.

A Airbnb tem vindo a trabalhar há vários anos para eliminar extremistas e tem usado as redes sociais para o fazer. A empresa usou contas falsas no Facebook, Twitter e outros fóruns para identificar utilizadores com ligações ao supremacismo branco e outros grupos possivelmente perigosos.

Desde a preparação do rally Unite the Right em Charlottesville, na Virginia, em 2017, a empresa adotou uma abordagem mais agressiva. A empresa, que proíbe “grupos racistas violentos” de usar os seus serviços e já baniu mais de 100 contas de pessoas ligadas a grupos de ódio.

Também em 2019, a Airbnb excluiu mais de 60 utilizadores depois de estes fazerem referências a grupos neonazis.

“Quando os sinais sugerem que um membro de um grupo de ódio pode estar a usar a Airbnb, investigamos e tomamos as medidas adequadas”, disse o porta-voz da empresa, Ben Breit, ao Engadget, revelando que essas informações chegam até à empresa “de diversas formas”.

Ana Moura, ZAP //

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